“É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro”
Parafraseio Raul Seixas que há mais de 30 anos nos alertava contra a
hipocrisia. É fácil manipular as informações, quando se tem controle delas, é
fácil culpar um estudante quando ele não se encontra presente, é fácil fazer da
luta de residentes um instrumento para exaltação de pessoas, difícil é viver em
uma casa sem energia, difícil é conviver com os constantes atrasos de bolsas,
difícil é ouvir e refletir sobre nossas ações.
Não era minha intenção transformar a minha indignação em um debate
pré-eleitoreiro, nem tampouco ofender pessoas (ao contrário do que fazem
comigo), me dirigi a gestores e membros de comissão com os quais mantenho relações
estritamente institucionais que jamais extrapolaram o âmbito da universidade,
mas como mais uma vez fui desqualificado, sinto-me no direito de esclarecer
alguns fatos sobre a Residência Universitária Masculina.
No dia 07 de janeiro de 2014 viajei para minha cidade natal Firmino
Alves, localizada a 203km de Eunápolis, conforme solicitado pela direção de
departamento retirei todos as roupas, alimentos e objetos que por ventura
estivessem nos móveis e eletrodomésticos pertencentes a residência. Regressei no
dia 17 de março de 2014 e notei que o serviço de energia na residência estava
suspenso, e que também, como havia consultado outros colegas residentes a
mudança não acontecera, logo pedi abrigo a uma amiga, também estudante do Campus XVIII.
No dia 02 de abril a representante técnica da Comissão de Assistência
Estudantil marcou uma visita a referida residência, a hora marcada seriam às 15
horas, conforme marcado fiquei na residência das 13 horas às 15 horas e 23
minutos e nenhum representante da Comissão de Assistência Estudantil apareceu,
e tampouco me ligaram comunicando um atraso ou coisa do tipo.
Ora, é dever da Comissão de Assistência Estudantil fazer pelo menos uma
visita mensal a ambas as Residência Universitárias, é dever desta se manter
informada sobre a situação dos imóveis, também é dever da comissão respeitar os
residentes, é dever da Comissão e da Direção manter os estudantes residentes cientes
sobre as deliberações, processos e demais informações que dizem respeito a
estes, e principalmente é dever da gestão ser ética, transparente e justa com todos
os seus estudantes, não permitindo que o desrespeito, a irresponsabilidade e o
despreparo de alguns prejudiquem a imagem ou a integridade dos seus estudantes.
Por fim, novamente cito Raul Seixas na canção “Por quem os Sinos Dobram”
quando ele nos pede “Coragem, coragem”, e precisamos ter coragem para assumir
os nossos erros, precisamos ter coragem para fazer o diferente, precisamos ter
coragem para mudar, precisamos ter coragem para dialogar, precisamos ter
coragem para responder de maneira ética, para só assim sabermos que o Campus XVIII também pode
mais.
Entenda melhor o que se passa no DEZOITO... LEIA