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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NOTA DE REPÚDIO

NOTA DE REPÚDIO

“Não se deve fazer divisão binária entre o que se diz e o que não se diz; é preciso tentar determinar as diferentes maneiras de não dizer, como são distribuídos os que podem e os que não podem falar, que tipo de discurso é autorizado ou que forma de descrição é exigida a uns e outros.” (Michel Foucault)

Estudantes do Campus XVIII manifestam repúdio à onda de repressão ao movimento estudantil que vem se alastrando pelo nosso departamento, onde na última semana o estudante Julian Mota sofreu uma repreensão pública após um suposto caso de ofensa, que sequer pôde ser comprovado, em uma reunião departamental confusa e opressiva, quando só os conselheiros tinham direito a fala, rompendo o caráter democrático e igualitário que deveria estar presente nos diversos espaços da universidade.
Destacamos que tal repreensão, de caráter arbitrário, não será tolerada pelo movimento estudantil, que atua com os princípios indissociáveis da liberdade de expressão, da isonomia e da democracia. Desta forma, acreditamos que punições como esta ferem os princípios supracitados, uma vez que utilizam critérios incoerentes na sua aplicação, além de se constituírem em uma tentativa de reprimir a livre mobilização estudantil que é garantida constitucionalmente. Acreditamos que os ambientes acadêmicos devam ser marcados pela pluralidade de idéias, o respeito às diferenças e a superação de conceitos marcados pela incoerência, mas para isso é preciso que este ambiente seja favorável a livre manifestação e o direito a igualdade, sob o risco de vivermos constantemente com a possibilidade de uma “polícia política”, que visa dominar as idéias e ações dos sujeitos do nosso departamento.
Assim convocamos movimentos estudantis, movimentos docentes, grêmios, movimentos sociais e a comunidade acadêmica a se manifestar contra mais esse caso de arbitrariedade e injustiça que fere todas as noções de universidade como um espaço justo, igualitário e aberto a construção do conhecimento. Em defesa da liberdade de expressão, da justiça e do combate a repressão, dizemos não a mais essa tentativa de nos controlar e calar a nossa voz!

     DIRETÓRIO ACADÊMICO DE HISTÓRIA – UNEB CAMPUS XVIII



A “NOVA POLÍTICA” DO XVIII E AS VELHAS PRÁTICAS DE SEMPRE


Nesta semana foi realizada a eleição para Coordenação do Colegiado de História, tendo como resultado final 05 votos para o Professor Charles de Nascimento Sá e 04 votos para a Professora Dr.ª Joceneide Cunha, em um Colégio Eleitoral que contava apenas com 09 eleitores, escolhidos as vésperas da eleição. Ficou clara a contradição nas falas e comportamentos daqueles que tentam manter uma suposta neutralidade em um ambiente político. Desta forma foi sintomática a falta de compreensão de uma parte do Colégio Eleitoral, na escolha de um projeto de curso pautado no diálogo, na participação e na mobilização.
Mesmo uma carta de apoio assinada por 99 estudantes do curso de Licenciatura em História do Campus XVIII não foi capaz de sensibilizar o Colégio Eleitoral sobre a falta de diálogo e a arbitrariedade que tem se tornado cada vez mais presente em nosso colegiado, e mais uma vez, o critério da afinidade pessoal, diga-se de passagem, foi utilizado para uma decisão tão importante para o nosso curso, destarte percebe-se que convivemos em um ambiente em que somos maioria numérica, mas não temos a nossa voz respeitada e nem tampouco ouvida no nosso departamento.
Além dos fatos supracitados, reiteramos que a escolha da esmagadora maioria dos estudantes pela candidatura da professora Joceneide Cunha fez parte de um processo de reconhecimento dos profissionais que lutam dia após dia para a construção de uma universidade pautada na excelência acadêmica, na democracia interna e na participação social. Assim, manifestamos o nosso descontentamento com o resultado final desta eleição uma vez que esta confirma a tendência retrógrada, antidemocrática e limitada da nossa universidade no sentido de uma gestão acadêmica coerente e democrática.

MOVIMENTO ESTUDANTIL LIVRE . UNEB, CAMPUS XVIII

SOMOS NÓS, PALHAÇOS?

quarta-feira, 9 de abril de 2014

NO DEZOITO O ESTADO É MÍNIMO e “É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro”

“É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro”
Parafraseio Raul Seixas que há mais de 30 anos nos alertava contra a hipocrisia. É fácil manipular as informações, quando se tem controle delas, é fácil culpar um estudante quando ele não se encontra presente, é fácil fazer da luta de residentes um instrumento para exaltação de pessoas, difícil é viver em uma casa sem energia, difícil é conviver com os constantes atrasos de bolsas, difícil é ouvir e refletir sobre nossas ações.
Não era minha intenção transformar a minha indignação em um debate pré-eleitoreiro, nem tampouco ofender pessoas (ao contrário do que fazem comigo), me dirigi a gestores e membros de comissão com os quais mantenho relações estritamente institucionais que jamais extrapolaram o âmbito da universidade, mas como mais uma vez fui desqualificado, sinto-me no direito de esclarecer alguns fatos sobre a Residência Universitária Masculina.
No dia 07 de janeiro de 2014 viajei para minha cidade natal Firmino Alves, localizada a 203km de Eunápolis, conforme solicitado pela direção de departamento retirei todos as roupas, alimentos e objetos que por ventura estivessem nos móveis e eletrodomésticos pertencentes a residência. Regressei no dia 17 de março de 2014 e notei que o serviço de energia na residência estava suspenso, e que também, como havia consultado outros colegas residentes a mudança não acontecera, logo pedi abrigo a uma amiga, também estudante do Campus XVIII.
No dia 02 de abril a representante técnica da Comissão de Assistência Estudantil marcou uma visita a referida residência, a hora marcada seriam às 15 horas, conforme marcado fiquei na residência das 13 horas às 15 horas e 23 minutos e nenhum representante da Comissão de Assistência Estudantil apareceu, e tampouco me ligaram comunicando um atraso ou coisa do tipo.
Ora, é dever da Comissão de Assistência Estudantil fazer pelo menos uma visita mensal a ambas as Residência Universitárias, é dever desta se manter informada sobre a situação dos imóveis, também é dever da comissão respeitar os residentes, é dever da Comissão e da Direção manter os estudantes residentes cientes sobre as deliberações, processos e demais informações que dizem respeito a estes, e principalmente é dever da gestão ser ética, transparente e justa com todos os seus estudantes, não permitindo que o desrespeito, a irresponsabilidade e o despreparo de alguns prejudiquem a imagem ou a integridade dos seus estudantes.

Por fim, novamente cito Raul Seixas na canção “Por quem os Sinos Dobram” quando ele nos pede “Coragem, coragem”, e precisamos ter coragem para assumir os nossos erros, precisamos ter coragem para fazer o diferente, precisamos ter coragem para mudar, precisamos ter coragem para dialogar, precisamos ter coragem para responder de maneira ética, para só assim sabermos que o Campus XVIII também pode mais.
Entenda melhor o que se passa no DEZOITO... LEIA

terça-feira, 8 de abril de 2014

"O controle dos discursos é o controle dos sujeitos..."

Esta é mais uma tentativa  de silenciar quem se posiciona contra esta administração que há seis anos se impõe no Campus Dezoito. Quem não reza pela cartilha deles não merece ser respeitado. Querem desqualificar o movimento estudantil , querem minar emocionalmente  ao nosso companheiro já que para fazê-lo politicamente teriam que nascer de novo.  Ian não é  uma pessoa leviana e sua mente não é colonizável. Ele partilha de princípios éticos e morais e tem apoio das pessoas mais sérias e decentes que possam existir. Bora Ian, da luta não nos retiraremos...


CARTA DE DESAGRAVO

“O controle dos discursos é o controle dos sujeitos”
Em ano de eleição para diretor de departamento fervilham por todos os lados denúncias e acusações contra pessoas que podem representar possíveis ameaças ao modelo hegemônico de gestão que atualmente se coloca no campus XVIII, no entanto, o alvo da vez foi um estudante filho de pais semianalfabetos, residente universitário e vindo do interior. Mas, como sei que nada é divino, nada é maravilhoso, não fui surpreendido ao ser vitima de comentários maldosos e irresponsáveis vindos de membros da comissão de assistência estudantil, especialmente de uma das representantes docentes e de uma representante técnica, afinal, a falta de entendimento sobre o projeto de assistência estudantil e a ausência de um projeto politico para a universidade gera reações desesperadas, onde a única saída é desqualificar a imagem e a trajetória de quem se coloca contra um modelo de gestão e assistência estudantil ultrapassados.
Recordo-me da dificuldade que foram meus primeiros meses em Eunápolis onde fui impedido de entrar imediatamente na residência universitária, pois a comissão de assistência estudantil da época alegava superlotação da residência universitária masculina, por conta disso fui obrigado a permanecer por mais de um mês na casa de um até então desconhecido que conheci pela internet e que se sensibilizou pela minha situação. Recordo-me ainda dos colegas, amigos e conhecidos que mudaram de universidade ou até mesmo desistiram do curso por falta de um teto, de uma bolsa, vítimas de uma politica de permanência ineficaz. Lembro também dos processos de luta que nos fizeram chegar ate aqui, onde por muitas vezes fomos ridicularizados por fazermos proposições que segundo alguns eram impossíveis, e hoje, felizmente, vemos várias das nossas propostas sendo colocadas em prática fruto da luta de estudantes deste e de outros campi da UNEB.
No entanto, me decepciono ao ver que o espaço da residência se tornou apenas um instrumento de barganha política, onde vemos um processo de sucateamento extremamente proposital que visa expulsar ou afastar os estudantes da residência, residência esta que em muitos momentos também se constitui como espaço de luta, de organização e resistência daqueles que passam por um processo de um árduo vestibular, dos que, como eu, ingressam via SISU, dos cotistas e principalmente dos seres humanos que vivem dia após dia o sonho, outrora distante, de entrar na universidade.

IAN LOPES DE JESUS – ESTUDANTE – RESIDENTE DO CAMPUS XVIII DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Refrescando a memória.... Fatos ocorridos na durante a gestão passada, apoiada  por este departamento do Campus DEZOITO...