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domingo, 30 de outubro de 2011

O Que É História - Vavy Pacheco Borges

O Que É História - Vavy Pacheco Borges



O Que É História - Vavy Pacheco Borges

Há muito que a História está, no Brasil, confinada à prisão das escolas e universidades. Encontra-se, pois, afastada de sua principal finalidade: levar o ser humano a refletir sobre as formas de vida e de organização social em todos os tempos e espaços, procurando compreender e explicar suas causas e implicações. E uma vez que presente e passado estão indissociavelmente ligados na História, o ensino e o estudo dessa disciplina se tornam imprescindíveis para o perfeito entendimento dos tempos modernos.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tratado Sobre A Tolerância: A Propósito Da Morte De Jean Calas - Voltaire

Tratado Sobre A Tolerância: A Propósito Da Morte De Jean Calas - Voltaire



Tratado Sobre A Tolerância: A Propósito Da Morte De Jean Calas - Voltaire

O Tratado sobre a Tolerância, de Voltaire, foi redigido em 1762 e teve como origem o famoso caso Jean Calas. Neste episódio Voltaire encontrou uma vez mais a oportunidade para encetar um novo combate pela liberdade. Esta lição de universidade, que continua válida ainda em nossos dias, é um magnífico testemunho sobre o iluminismo.
 
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Denúncia sobre possibilidade de má conduta em concurso público para Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Edital n° 037/201

É preciso estarmos atentos e vigilantes sempre, pessoas de bem.
 E como diz a bíbia: "ORAI E VIGIAI  QUE  O MAL NÃO AVISA QDO VEM E O BEM TAMBÉM."

EXM°(ª) SR. (ª) DR. (ª) PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA COORDENADOR(A)


Nós nos inscrevemos no Concurso Público Para Admissão de Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Edital n° 037/201, concorrendo a uma vaga no Campus VI, na cidade de Caetité. Especificamente, para a Área/Matéria/Componente Curricular: História / Ásia / Cultura Documental e Patrimonial.  As provas se realizaram entre os dias 02 e 04 de outubro de 2011. As regras, bem como outras normas referentes ao Concurso Público Docente, estão dispostas no EDITAL Nº 037/2011, de 23 de junho de 2011, e na Resolução nº 809/2011 do CONSU, que é parte integrante deste Edital, disponível no site www.concursodocente.uneb.br.
Como previsto no Edital (em anexo), o concurso constou das seguintes provas (etapas), realizadas nesta ordem: 1) Prova escrita de caráter eliminatório; 2) Aula pública de caráter eliminatório, gravada para efeito de registro e avaliação; 3) Apresentação de Memorial; e 4) Prova de Títulos. Todas as etapas deveriam ser avaliadas por uma Banca Examinadora, composta de três professores que atendessem ao principio da isonomia, algo que deve reger a realização de qualquer concurso público. Ou seja, os professores da Banca, além de serem devidamente qualificados para essa tarefa (o que pode-se comprovar ou não através dos seus currículos), não podem ter relação direta com  nenhum dos candidatos. O descumprimento desse princípio é que motiva essa queixa:
A única candidata aprovada em todas as etapas tem relação de proximidade com dois membros da banca examinadora. A relação pode ser comprovada pelo currículo lattes e pelo diretório de grupos de pesquisa do CNPQ (em anexo), que demonstram participação da mesma em eventos organizados este ano com pessoas da Banca. A participação da mesma no grupo de pesquisa em que membros da Banca, além de participarem, também são membro integrante e líder. A atuação da candidata no Arquivo Público Municipal de Caetité, local de trabalho (ou atuação) também de dois dos professores membros da Banca (ver folder em anexo). A propósito, uma das professoras da Banca Examinadora esteve presente na Banca de Defesa de mestrado da candidata em questão.
Todos esses indícios levam a crer que a candidata tinha relação de proximidade com a Banca Examinadora, o que sugere a possibilidade de transmissão de informações privilegiadas sobre o concurso, tráfico de influências, bem como predileção por esta candidata, ferindo o principio de isonomia, que é um dos princípios fundamentais na organização e realização de um concurso público (ver princípios do Direito Administrativo Brasileiro, Constituição Federal, Constituição Estadual, Estatuto do Magistério).
Diferente do que foi feito nos dois concursos anteriores, organizados pela UNEB, a homologação das Bancas Examinadoras de Caetité não foi publicada na sua página do concurso na data prevista, dando margem à interpretação de que algo pudesse está sendo ocultado, para que os candidatos, de posse destas informações não pudessem entrar com recurso contra os membros da Banca.
Ainda, o concurso se destina ao preenchimento de uma vaga para duas áreas: História da Ásia e História Documental e Patrimonial. Nenhum dos professores que compuseram a Banca era especialista na área de Ásia ou tinham publicações e experiência corrente nessa área.
Na análise dos currículos lattes (ver Plataforma Lattes Cnpq) dos candidatos que compareceram para as provas de seleção, pode-se avaliar as suas trajetórias enquanto profissionais da educação e pesquisadores. Comparando o currículo da única candidata aprovada nas etapas (provas) da seleção, com os currículos dos quatro candidatos desclassificados, pode-se perceber a discrepância entre suas experiências como docente (no ensino fundamental, média e superior, inclusive em Pós-Graduação); suas publicações científicas e participação em eventos científicos; suas experiências com o conteúdo de História da Ásia, área que deve ser preenchida. Se comparado os currículos de candidatos e membros da Banca Examinadora, percebemos que uma das candidatas tem mais experiência com História da Ásia que os próprios membros da Banca. Se a vaga a ser preenchida é de História da Ásia e História Documental e Patrimonial, os pontos a serem sorteados durante a seleção deveriam ser cinco para cada área, mas não foi o que ocorreu, pois foram sete pontos para Historia Documental e somente três pontos para História da Ásia.
Vimos, portanto, solicitar a anulação do concurso com a nomeação de uma nova Banca Examinadora para essa vaga, ou a anulação dessa Banca Examinadora especificamente; solicitar a realização de um novo concurso, ou uma nova Banca; que o concurso seja realizado no campus de Salvador, que seja constituída uma nova Banca Examinadora para a área em questão, com outros membros que não possuam nenhuma relação com qualquer dos candidatos; que ao menos um dos três membros da nova Banca Examinadora seja especialista em História da Ásia; que somente um dos membros da Banca Examinadora seja do Departamento de História de Caetité, e que não tendo relação direta e tão próxima com qualquer dos candidatos, tenham condições, dentro do principio de isonomia, de avaliar os candidatos de maneira isenta.
Diante do exposto, solicitamos a intervenção deste Órgão Ministerial.

Vitória da Conquista, 06 de outubro de 2011.

__________________________
(Edileusa Santos Oliveira)
Rua João Miguel Lourenço, 821, Alto Maron, 45005080. leu_vc@yahoo.com.br, (77) 8808 3145. Vitória da Conquista – BA

EXM°(ª) SR. (ª)
Marcelo Ávila
Pró-Reitor- UNEB

 Nós nos inscrevemos no Concurso Público Para Admissão de Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Edital n° 037/201, concorrendo a uma vaga no Campus VI, na cidade de Caetité. Especificamente, para a Área/Matéria/Componente Curricular: História / Ásia / Cultura Documental e Patrimonial.  As provas se realizaram entre os dias 02 e 04 de outubro de 2011. As regras, bem como outras normas referentes ao Concurso Público Docente, estão dispostas no EDITAL Nº 037/2011, de 23 de junho de 2011, e na Resolução nº 809/2011 do CONSU, que é parte integrante deste Edital, disponível no site www.concursodocente.uneb.br.
Como previsto no Edital, o concurso constou das seguintes provas (etapas), realizadas nesta ordem: 1) Prova escrita de caráter eliminatório; 2) Aula pública de caráter eliminatório, gravada para efeito de registro e avaliação; 3) Apresentação de Memorial; e 4) Prova de Títulos. Todas as etapas deveriam ser avaliadas por uma Banca Examinadora, composta de três professores que atendessem ao principio da isonomia, algo que deve reger a realização de qualquer concurso público. Ou seja, os professores da Banca, além de serem devidamente qualificados para essa tarefa (o que pode-se comprovar ou não através dos seus currículos), não podem ter relação direta com  nenhum dos candidatos. O descumprimento desse princípio é que motiva essa queixa:
A única candidata aprovada em todas as etapas tem relação de proximidade com dois membros da banca examinadora. A relação pode ser comprovada pelo currículo lattes e pelo diretório de grupos de pesquisa do CNPQ (em anexo), que demonstram participação da mesma em eventos organizados este ano com pessoas da Banca. A participação da mesma no grupo de pesquisa em que membros da Banca, além de participarem, também são membro integrante e líder. A atuação da candidata no Arquivo Público Municipal de Caetité, local de trabalho (ou atuação) também de dois dos professores membros da Banca (ver folder em anexo). A propósito, uma das professoras da Banca Examinadora esteve presente na Banca de Defesa de mestrado da candidata em questão.
Todos esses indícios levam a crer que a candidata tinha relação de proximidade com a Banca Examinadora, o que sugere a possibilidade de transmissão de informações privilegiadas sobre o concurso, tráfico de influências, bem como predileção por esta candidata, ferindo o principio de isonomia, que é um dos princípios fundamentais na organização e realização de um concurso público (ver princípios do Direito Administrativo Brasileiro, Constituição Federal, Constituição Estadual, Estatuto do Magistério).
Diferente do que foi feito nos dois concursos anteriores, organizados pela UNEB, a homologação das Bancas Examinadoras de Caetité não foi publicada na sua página do concurso na data prevista, dando margem à interpretação de que algo pudesse está sendo ocultado, para que os candidatos, de posse destas informações não pudessem entrar com recurso contra os membros da Banca.
Ainda, o concurso se destina ao preenchimento de uma vaga para duas áreas: História da Ásia e História Documental e Patrimonial. Nenhum dos professores que compuseram a Banca era especialista na área de Ásia ou tinham publicações e experiência corrente nessa área.
Na análise dos currículos lattes (ver Plataforma Lattes Cnpq) dos candidatos que compareceram para as provas de seleção, pode-se avaliar as suas trajetórias enquanto profissionais da educação e pesquisadores. Comparando o currículo da única candidata aprovada nas etapas (provas) da seleção, com os currículos dos quatro candidatos desclassificados, pode-se perceber a discrepância entre suas experiências como docente (no ensino fundamental, média e superior, inclusive em Pós-Graduação); suas publicações científicas e participação em eventos científicos; suas experiências com o conteúdo de História da Ásia, área que deve ser preenchida. Se comparado os currículos de candidatos e membros da Banca Examinadora, percebemos que uma das candidatas tem mais experiência com História da Ásia que os próprios membros da Banca. Se a vaga a ser preenchida é de História da Ásia e História Documental e Patrimonial, os pontos a serem sorteados durante a seleção deveriam ser cinco para cada área, mas não foi o que ocorreu, pois foram sete pontos para Historia Documental e somente três pontos para História da Ásia.
Vimos, portanto, solicitar a anulação do concurso com a nomeação de uma nova Banca Examinadora para essa vaga, ou a anulação dessa Banca Examinadora especificamente; solicitar a realização de um novo concurso, ou uma nova Banca; que o concurso seja realizado no campus de Salvador, que seja constituída uma nova Banca Examinadora para a área em questão, com outros membros que não possuam nenhuma relação com qualquer dos candidatos; que ao menos um dos três membros da nova Banca Examinadora seja especialista em História da Ásia; que somente um dos membros da Banca Examinadora seja do Departamento de História de Caetité, e que não tendo relação direta e tão próxima com qualquer dos candidatos, tenham condições, dentro do principio de isonomia, de avaliar os candidatos de maneira isenta.
Diante do exposto, solicitamos a intervenção desta Reitoria e comunicamos que já recorremos ao Ministério Público da Bahia. Aguardamos uma resposta desta respeitosa Casa (UNEB) para decidirmos quanto à necessidade de prosseguir com a queixa naquele Órgão Ministerial.

Vitória da Conquista, 06 de outubro de 2011.

__________________________
(Edileusa Santos Oliveira)
Rua João Miguel Lourenço, 821, Alto Maron, 45005080. leu_vc@yahoo.com.br, (77) 8808 3145. Vitória da Conquista – BA.



EXM°(ª) SR. (ª)
Lourisvaldo Valentim da Silva
Reitor - UNEB

EXM°(ª) SR. (ª)
Daniel Góes
Organizador do Concurso EDITAL Nº 037/2011 - UNEB

EXM°(ª) SR. (ª)
Marcelo Ávila
Pró-Reitor- UNEB

CHEGA DE APADRINHAMENTO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICOS. CONCURSOS COM ÉTICA E  LISURA JÁ.




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Principe, de Nicolau Maquiavel

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Nicolau Maquiavel (1469-1527) escreveu O Príncipe em 1513. Vivia-se uma fase de transição do feudalismo para o capitalismo, o Renascimento. Em França e Espanha existia já o Estado-nação, mas em Itália permanecia ainda as cidades-Estado, que se encontravam em grande instabilidade política.
Interessado numa estabilização política e na unificação de Itália, o livro foi escrito como manual na arte de bem governar para a conquista e a manutenção do Poder por um chefe de Estado, e ofereceu-o a Lourenço de Médici – soberano de Florença.
O Príncipe distingue-se por ter sido a primeira obra que descreve a política como é, e não como deveria ser, ou por outras palavras, materialista e não idealista. A História é obra dos homens, e numa concepção laica, Maquiavel separa a moral religiosa da moral política, Deus e o Homem. Torna-se assim um dos primeiros cientistas políticos e um dos “pais” da ciência política.
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Filosofia da Educação - Maria Lúcia Arruda Aranha

Filosofia da Educação - Maria Lúcia Arruda Aranha



Filosofia da Educação - Maria Lúcia Arruda Aranha

Neste livro, além da problematização dos conceitos básicos, são explicitados os fundamentos antropológicos, epistemológicos e axiológicos que se encontram subjacentes a toda práxis, condição necessária para identificar a orientação das construções teóricas e tornar intencional a prática educativa. Com a seleção das principais teorias pedagógicas, desde as tradicionais até as mais contemporâneas, é oferecida a oportunidade de se analisar como aqueles conceitos têm sido aplicados de modo variado nas diversas tendências.

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domingo, 16 de outubro de 2011

O Que é Educação - Carlos Rodrigues Brandão

O Que é Educação - Carlos Rodrigues Brandão



O Que é Educação - Carlos Rodrigues Brandão

"Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e--ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações. E já que pelo menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram?"

A obra de Carlos Brandão trata de uma temática da qual necessitamos entender dentro do processo de formação que nos encontramos. O entendimento do termo Educação através da História da humanidade encontra-se em extrema necessidade, pois a Educação estar conosco em todos os lugares, de acordo com o texto estudado.

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O Novo Século (Entrevista a Antonio Polito) - Eric Hobsbawm

O Novo Século (Entrevista a Antonio Polito) - Eric Hobsbawm



O Novo Século (Entrevista a Antonio Polito) - Eric Hobsbawm

Eric Hobsbawm olha agora para o futuro em entrevista ao jornalista italiano Antonio Polito. O que nos reserva este novo século que estamos começando a viver? Como serão as novas guerras? De que maneira resolveremos problemas como a degradação do ambiente e o explosivo crescimento demográfico? Afinal, que tipo de mundo iremos legar aos nossos filhos?
Com a lucidez e a erudição que fizeram dele um dos mais renomados historiadores vivos, Hobsbawm, que nasceu no Egito e vive na Inglaterra, reflete sobre perguntas como essas e mostra que pensar os novos tempos ou o que será de nossas vidas nas próximas décadas não se resume a um mero exercício de futurologia.

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SUS exige verba mas mídia vende tributação insuportável, diz Jatene

Em novo livro, diretor do Incor e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, diz que tecnologia impôs grandes mudanças à medicina em 40 anos. Frente a custos maiores e novo perfil epidemiológico do país, Sistema Único de Saúde precisa dobrar recursos. 'Esse é o grande problema', diz Jatene em entrevista exclusiva. 'Mídia faz população acreditar que carga tributária é insuportável.'

BRASÍLIA – O diretor geral do Instituto do Coração (Incor) e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, lançou nos últimos dias, em dobradinha com o atual ministro, Alexandre Padilha, o livro “40 anos de medicina. O que mudou”. São 200 páginas abrangendo a experiência de metade de uma vida que Jatene, aos 82 anos, sintetiza apontando a tecnologia como principal elemento transformador.

O avanço tecnológico levou à descoberta de novos tratamentos, permitiu diagnósticos melhores, praticamente erradicou doenças. Mas também afetou a relação entre paciente e médico, que se tornou mais impessoal. E encareceu custos na medicina, exigindo cada vez mais investimentos de um Estado que assumiu o compromisso constitucional de dar saúde gratuita para toda a população.

O problema dos custos é de difícil solução, na opinião de Jatene, porque o debate sobre o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) tornou-se um tabu duro de quebrar.

"Quem controla a mídia faz a população acreditar que a carga tributária é insuportável", disse o médico à Carta Maior. "Mas, se você tirar a Previdência Social do orçamento, e a Previdência é um dinheiro dos aposentados que o governo apenas administra, vai ver que a nossa carga tributária está abaixo de 30%. É pouco para um país como o Brasil."

O leitor confere a seguir os principais trechos da breve entrevista exclusiva, concedida por telefone na última segunda-feira (19), antes de os deputados derrubarem a criação de um novo imposto para custear a saúde pública no Brasil.

Como o senhor resumiria o livro: o que mudou na medicina em 40 anos?


Jatene: O que mudou é realmente a tecnologia. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro. O diagnóstico à distância, por meio de exames, afastou o médico dos pacientes, a conversa ficou abreviada.

Mas a tecnologia também dever ter ajudado, não?

Jatene: Ajudou muito, criou vacinas contra poliomelite, sarampo. Hoje, são doenças que não existem mais. E também criou técnicas menos invasivas.

O perfil epidemiológico do brasileiro mudou muito também? Isso tem impacto nos custos da saúde, que ficam maiores?


Jatene: Claro, esse é o grande problema.

E O SUS, que está fazendo 21 anos, está preparado para essa nova situação?

Jatene: É preciso que as pessoas entendam aritmética: é preciso ter recursos. Eu estimo que o orçamento do SUS precise dobrar, mas não há nenhuma possibilidade de dobrar.

Então o senhor é a favor de um novo tributo?

Jatene: Quando estive no governo, eu defendi a CPMF. Mas não estou mais. Apontar as fontes de financiamento não é responsabilidade minha, mas do governo e do Congresso.

Com essa sua experiência de médico e gestor, o que o senhor diria que conta mais para melhorar a saúde no Brasil: gestão ou financiamento?

Jatene: As duas coisas ao mesmo tempo são importantes. Já avançamos muito na gestão, os grandes hospitais de São Paulo, por exemplo, buscam gestores públicos. Mas faltam recursos.