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terça-feira, 23 de agosto de 2011

COISAS DO CAMPUS XVIII DE EUNÁPOLIS. ACREDITE


 FATO:

Viemos por meio deste esclarecer sobre a reunião do departamento em que o diretor Pedro Daniel deveria HOMOLOGAR as indicações da Banca do concurso para professores o que nao aconteceu pois ele se recusou, em DESACATO ao regimento da uneb, a aprovar a indicação alegando que  o departamento não tem dinheiro para pagar passagens de Salvador para Eunápolis ( DUAS PASSAGENS IDA/VOLTA para dois professores. Nem se considerou que para a hospedagem foram disponibilizados lugares para os mesmos ficarem. O que a sociedade  unebiana tem a dizer sobre isso? O que pensam as pessoas éticas sobre atitude esta atitude arbirtrária, ditatorial e antidemocrática?  Uma curiosidade  observada é que  ele nao aceitou também a indicação de suplentes para as bancas coisa incomum em concursos, considerando que se houver algum tipo de fraude, nós nem vamos ficar sabendo.

Além disso, o diretor disse na reunião que ele podia "HOMOLOGAR CONTRA OU A FAVOR". Ora meus amigos, homologar é uma palavra de um só significado. Ele poderia até  ter direto a veto, porém o regimento, em seu artigo que trata desta questão, não dá a opção de direito a VETO. Errou SR DIRETOR. Compreenda o significado de homologar.

DETALHE, O TAL ARTIGO DO REGIMENTO (EM QUESTÃO), ESTÁ EM CONFOMIDADE COM A LEI FEDERAL DA REFORMA UNIVERSITÁRIA). Logo o desrespeito estende-se a esfera Federal.
Portanto caros colegas, nós do curso de história fomos triplamente desrespeitados pelo diretor  do departamento, pelos  seus pares . 
Nós, alunos do curso de história,
precisamos fazer valer a autonomia  do colegiado de historia e mais do que isso, encaminharmos este e-mail  a todas as autoridades sérias  e à comunidade eunapolitana. Encaminhem dos seus e-mails. O povo precisa saber e se inteirar  do que ocorre no Campus XVIII.
E o regimento trás entre outras coisas como obrigações dos alunos:  fiscalizar para que se cumpra o regimento.Se nós não nos unirmos, vão continuar a usar destes métodos.
Junte-se ao movimento estundantil para que tenhamos um campus mais justo e que respeite o regimento interno da UNEB.
O QUE DIZ O REGIMENTO DA UNEB:
(se tiverem dúvida procurem um advogado pra ajudar na interpretação do regimento)

FATO:

São atribuições do Diretor: (Pág. 37 pdf)  do  regimento geral da UNEB

XII – homologar a indicação dos docentes para Bancas de Concurso e Seleção Docente  encaminhada pelos Colegiados de Curso;

Observaçaõ: NÃO DISPÕE SOBRE  DIREITO A VETO.

FATO


X – indicar os docentes para compor Bancas de Concurso e Seleção Docente, na formaprevista na Lei e nas normas da Universidade.Vão rasgar o regimento?

FATO

Alunos do curso de história e demais companheiros,

Homologar Significa:
Aprovar, confirmar oficialmente, juridicamente: homologar um ato administrativo, uma sentença.Autorizar a vigência de um ato de interesse público.

Tá no dicionário e não dá márgem a outra interpretação. É ACATAR.
Lamentamos  o episódio da reunião do departamento da Uneb Campus XVIII, em Eunápolis, em que o diretor do departamento se recusou a homologar a banca examinadora  escolhida pelo colegiado do curso de história  desacatando estes princípios do regimento da Uneb e da democracia.
Conclamamos a todos os alunos de História a repudiar este ato antidemocrático.
Militancia ativa já. Cumpra-se o regimento da uneb. Respeite-se a autonomia do colegiado de história e respeito a aluno do curso de história.
Caríssimos colegas, fiquem atentos para estarmos presentes na próxima reunião que ficou marcada pra hoje, mas ainda não nos disseram  o horário.
Aluno de história lute para valorizar seu curso no Campus XVIII. Unidos somos fortes, valorize quem nos valoriza e que traga pra perto de nós que quer o bem do Campus XVIII.
O DA DE HISTORIA, EM CAMPANHA PELO RESPEITO E RECONHECIMENTO DO NOSSO CURSO. JUNTE-SE A NÓS.
O CURSO DE HISTORIA DA UNEB QUER SER RESPEITADO!

Sim alunos nós Podemos!

Imagens de alunos da Uneb em dois momentos: Reivincando melhoria do transporte público e transporte escolar e na Audiência da Veracel, repudiando  a ausência de investimentos (Contrapartida) da empresa na  sociedade.


Faça chuva ou faça sol o movimento estudantil não foge à luta.


O movimento estudantil chegou unebianos!

O movimento que veio pra ficar...

Sim os alunos podem muito!



Representante da Instituição O Diretor da Uneb Campus XVII

domingo, 21 de agosto de 2011

A Vida na Idade Média Geneviève D’Haurcourt - resumo da obra

A Vida na Idade Média  Geneviève D’Haurcourt - resumo da obra


A disponibilização deste documento aqui,  tem o intento de cooperar com  historiadores e curiosos de plantão.  
Este resumo  foi realizado pelo G8 e convidados( Alunos do 3º semestre de história da Uneb Campus XVII).
Trata se de um  texto superinteressante, detalhista e esclarecedor a cerca da vida na idade média.
Pedimos que ao copiá-lo, cite  a fonte.

A vida na idade Média Geneviève D' Haurcourt- Resumo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Inscrições abertas para o fHist

Inscrições abertas para o fHist

Alguns nomes cofirmados: Laura de Mello, Boris Fausto, Santuza Cambraia e Caio Boschi
 
Estão abertas as inscrições para Festival de História (fHist), que vai acontecer de 7 a 12 de outubro em Diamantina (MG). No festival, já estão confirmadas as presenças de historiadores e pesquisadores como Boris Fausto, Caio Boschi, Ronaldo Vainfas, Laura de Mello e Souza, Santuza Cambraia, Luiz Mott, entre outros.

Para se inscrever, basta entrar no site do fHist [http://fhist.com.br/], preencher uma ficha, e pagar uma taxa. Para estudantes é R$ 30, e não-estudantes, R$ 80. O valor é válido por todos os cinco dias de eventos, e dá direito à entrada na Tenda dos Historiadores, a principal, na Praça Doutor Prado.

Após a inscrição, e de posse do boleto bancário já pago e de um documento de identidade com foto, ou da carteira de estudante, se for o caso, o interessado deve pegar a sua credencial já em Diamantina, nos dias 7 e 8, em endereço a ser divulgado. No momento, também leva uma pasta com a programação completa, bloco de anotações, caneta e outros materiais do fHist, além de ingressos  para as sessões de cinema no Teatro Santa Izabel, de acordo com a disponibilidade da sala de exibição. As sessões na praça, inclusive a pipoca, são gratuitas.

A participação nas oficinas do fHist será gratuita, mediante inscrição específica, e dará direito a certificados. Os temas da Oficina de História e a data de abertura das inscrições serão divulgados no site oficial e nos boletins. As Oficinas de Audiovisual e de Educação Patrimonial ainda estão sendo programadas.

Ainda haverá o espaço para a produção musical, no Música no Mercado, que acontecerá no palco da praça. Para quem quer ganhar um autógrafo de seu autor favorito, haverá a possibilidade de encontrá-lo no Mercado Velho, no Proseando no Mercado, onde será instalada a livraria do fHist.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

7 de setembro de 2011 o DIA da REAÇÃO.

07 DE SETEMBRO DE 2011 O DIA DA REAÇÃO!
ATENÇÃO: Antes de tudo, respeito a PÁTRIA. VAMOS NA PAZ. Basta usar preto em qualquer lugar deste país e você já estará participando.
Seja bem vindo ao DIA DO LUTO NACIONAL.
FITAS PRETAS NOS CARROS, VISTAM-SE DE PRETO. PANO PRETO NAS JANELAS DE CASA. ESTE É O NOSSO LUTO. MOSTRAREMOS NOSSA TRISTEZA E DEDICAREMOS ESTE DIA AO NOSSO PAÍS. PROVAREMOS AO MUNDO QUE NÃO SOMOS OMISSOS E PERMISSIVOS. NÃO APROVAMOS A FORMA COMO ESTÃO NOS TRATANDO.

Gritaremos: FORA A IMPUNIDADE!
SOMOS TODOS, CONTRA:

A imunidade parlamentar!
A corrupção!
A pouca vergonha pública!

Pedimos por favor, que não levantem bandeiras por partido político NENHUM. Essa luta é só NOSSA. Não permitam bagunça, briga ou vandalismo. E saiba que se houver neste dia, algum procedimento que fuja a ESSA nossa solicitação, será por parte dos que estão CONTRA NÓS. CONTRA NOSSA LUTA. CONTRA O POVO QUE PEDE SOCORRO.

O BRASILEIRO MORRE EM FILAS DE HOSPITAIS PÚBLICOS. AMBULÂNCIAS E EQUIPAMENTOS COMPRADOS, JÁ DERAM A ALGUM POLÍTICO OU AUTORIDADE SUA COMISSÃO. NO ENTANTO, ESTÃO PARADOS, ESTRAGANDO-SE, POIS NÃO DARÃO MAIS LUCRO. SOMENTE DESPESAS. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL E ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO NÃO ERAM SEUS IDEAIS.
EDUCAÇÃO – SEGURANÇA – SAÚDE – PAVIMENTAÇÃO – HABITAÇÃO SÃO SEMPRE PROMESSAS DE TODAS AS CAMPANHAS E NUNCA SÃO REALIZADAS DECENTEMENTE.

OS MINISTROS DO STF E DO STJ NÃO DEVERÃO MAIS SER NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. DEVERÃO SER NOMEADOS POR UM COLEGIADO DE MAGISTRADOS, LEVANDO EM CONTA SUA NOTORIEDADE, CONHECIMENTO JURÍDICO E, SOBRETUDO, SUA HONESTIDADE.

REFORMA PRISIONAL JÁ!!
SOMENTE NO BRASIL, EXISTE TANTO BENEFÍCIO PARA QUEM ESTÁ PRESO. ESTRUTURA PARA RECUPERAÇÃO DO PRESO AO INVÉS DE VISITAS ÍNTIMAS E OUTRAS FACILIDADES!

MOVIMENTE-SE! CRIE GRUPOS DE DIÁLOGOS, UNA-SE A OUTROS GRUPOS E ENTIDADES, PROCURE A COMUNIDADE, SUA ASSOCIAÇÃO DE BAIRRO, SEUS AMIGOS E EMPRESÁRIOS.

SOMOS UM POVO PACÍFICO SIM E NÃO PRECISAMOS DA VIOLÊNCIA PARA FAZER VALEREM OS NOSSOS DIREITOS. MAS NÃO PODEMOS FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS ESPERANDO ESSA CORJA DE POLÍTICOS CORRUPTOS E FORMADOS PELOS SEUS PRÓPRIOS INTERESSES SE INTERESSAREM POR NÓS. PRECISAMOS AGIR E MOSTRAR QUE NÓS OS ELEGEMOS E QUE É POR NÓS QUE ELES ESTÃO NO GOVERNO E QUE, POR MENOR QUE SEJA O DESLIZE, NÓS TEMOS O DIREITO DE CASSAR O SEU MANDATO.

PRECISAMOS DE UMA POLÍTICA LIMPA, DE CARÁTER, SERIEDADE E COMPETENTE.

FORTALECER OS PODERES LOCAIS. COMUNIDADES E BAIRROS NO CONTROLE DE SUAS FINANÇAS E PRIORIDADES.

VAMOS DEMONSTRAR UNIÃO OU NÃO SEREMOS LEVADOS A SÉRIO E CONTINUAREMOS COMO O PAÍS DE UM FUTURO QUE NUNCA CHEGA E DE POLÍTICOS CORRUPTOS QUE ENRIQUECEM COM OS BENEFÍCIOS DA IMPUNIDADE.

CURSO DE HISTÓRIA DO XVIII : REUNIÃO DO COLEGIADO.


CONVOCAÇÃO

A Coordenação do Curso de História, no uso de suas atribuições e conforme Regimento Geral da UNEB, convoca os professores e os representantes discentes para participarem da reunião extraordinária do Colegiado de História, que acontecerá no dia 23 de agosto de 2011, das 8:00 às 18:00 horas, na sala de reuniões do Campus, com a seguinte proposta pauta:

1.      Informes;
2.      Leitura e aprovação de ata;
3.      Atos Administrativos;
4.      Ordem do dia
4.1. Continuação da leitura e aprovação do Regimento de Estágio;
4.2. Leitura e aprovação do Regimento de TCC;
4.3. Aprovação de Programas antigos;
4.4. Oferta de Componentes para 2011.2.

5.      O que ocorrer.


Eunápolis,15  de agosto de 2011.





Francisco Eduardo Torres Cancela
Responsável Coordenação do Colegiado de História
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologia – UNEB
Campus XVIII – Eunápolis
Mat. 74510138-5   Port.3258/2010

Prá ser levada em conta...

Vem me ver
Vem juntar seu calor ao meu
Não te quero ter
Só nos finais de semana
Os meus dias
De feira também são seus
Vem viver
Corre pra nossa cabana
Faço de conta que sou levada
Pra ser levada em conta
É pra janela do seu olhar
Que o meu destino aponta
Vem
Põe o moletom
Prova meu batom
Minha companhia
Dobra a calça jeans
Rega meu jardim
Colore meu dia


Vandely

Fala Eike Batista, fala...

Entrevista em 14/08/2011

‘Meus ativos são à prova de idiotas’ diz Eike Batista



Com as fortes quedas no valor de suas ações, as empresas do grupo EBX acumulam perdas de cerca de R$ 32 bilhões desde o início do ano. Na última sexta-feira, elas valiam, juntas, R$ 58 bilhões, segundo dados da Economática. Como tem entre 60% e 75% das companhias, o empresário Eike Batista, que controla o grupo, viu evaporar menos R$ 19 bilhões de sua fortuna em 2011, dos quais R$ 5,2 bilhões apenas este mês. Mas Eike diz não ter perdido o sono e que está rindo da crise. Ele garante que manterá os investimentos de US$ 15 bilhões até 2012 e estima que seu império vai gerar caixa de US$ 15 bilhões até 2015. Hoje, como a maior parte das companhias é pré-operacional, a geração de caixa não chega a US$ 1 bilhão. Eike diz que seu principal trunfo é o baixo custo de produção das empresas. “Os meus ativos são à prova de idiotas”, diz o empresário. Ele aposta que sua EBX, focada em petróleo, energia, minério de ferro, construção naval e logística, será a “Apple do Brasil”.
O GLOBO: Só neste mês, o senhor perdeu cerca de R$ 5 bilhões com a desvalorização das ações que detém do grupo EBX. Isso não tira seu sono?
EIKE BATISTA: Não. Como minhas companhias produzem matéria-prima e (constroem) infraestrutura a baixíssimo custo, minhas margens são muito altas. Elas vão gerar maciços dividendos. Então, por que eu não vendo (as ações)? Estimamos que as empresas do grupo vão gerar US$ 1 bilhão de caixa em 2012. No ano seguinte, serão US$ 2,5 bilhões. Em 2014, vamos para US$ 7,5 bilhões e, em 2015, para US$ 15 bilhões. Tenho entre 60% e 75% das empresas, você pode fazer seu cálculo. Muita gente prefere colocar dinheiro na poupança para ter um retorno de 6%. As minhas companhias são uma espécie de poupança, mas com retorno gigante. Um negócio desse você não vende.
O GLOBO: Mas suas empresas trabalham com ‘commodities’, que estão sujeitas a oscilações internacionais…
EIKE: O Brasil está numa posição muito, muito especial. Eu vou produzir petróleo a US$ 18 (o barril). Pergunta se eu estou preocupado se ele está caindo de US$ 100 para US$ 90. Se cair para US$ 80, tudo bem, who cares (quem se importa, em inglês)? Meu custo de produção de minério de ferro é de US$ 29. O minério chegou a mais de US$ 170 em meio à crise, subiu de preço. Meus ativos são à prova de idiotas porque são muito ricos.
O GLOBO: Da mesma forma que a S&P rebaixou a nota de crédito dos EUA, o senhor não tem medo de ser rebaixado na lista dos mais ricos da revista “Forbes”? (Eike ocupa a oitava posição)
EIKE: Não, porque todo mundo vai baixar junto, né? Quando a maré baixa, mademoiselle, os barcos bonitos, os iates de alto luxo e as canoas baixam.
O GLOBO: O senhor trabalha com um cenário de recessão mundial?
EIKE: Claro que a economia americana não vai crescer mais 3%. Talvez cresça 0,5% ou 1%. A Europa, idem. Mas no Brasil estamos vivendo uma inflação de demanda. Não tem engenheiro, não tem marceneiro. O valor da execução dos projetos (de infraestrutura) estava subindo muito. Então, é um benefício extraordinário para o Brasil que o mundo lá fora não esteja bombando. Vai sobrar gente para eu continuar contratando. Dei um aumento de 8,5% em plena crise para os meus funcionários porque o pessoal está vindo aqui pegar gente da minha empresa.
O GLOBO: Mas os indicadores econômicos americanos estão ruins…
EIKE: Duas indústrias vitais americanas levaram um tiro no coração, o setor imobiliário e o automotivo, que empregam muita gente. Então, estruturalmente, eles vão ter que conviver com desemprego alto. Agora, se eles crescerem 0,5% ou 1%, o mundo não vai acabar. Eles vão ter que passar pelo que nós, brasileiros, passamos entre 1985 e 2000. Tivemos que fazer nosso Proer (programa que socorreu bancos no governo Fernando Henrique) e apertar o cinto. Eles vão ter que passar por isso, a Europa ainda mais.
O GLOBO: De onde virá o crescimento mundial que compensará a desaceleração americana?
EIKE: Existe um mundo que não parou de crescer. Casos de China, Brasil, nossos vizinhos, Malásia, Tailândia. Esses países que não pararam de crescer vão gerar quase 30 milhões de empregos nos próximos anos.
O GLOBO: O senhor acredita, então, que a crise global no Brasil será uma marolinha como disse em 2008 o então presidente Lula?
EIKE: A gente só exporta 10% do nosso PIB. Os preços dos alimentos vão continuar altos. O Brasil tem a sorte de ter o que o mundo necessita, e a demanda por esses produtos não vai baixar. Está todo mundo chamando esse negócio de crise aí fora. Vamos crescer 3% em vez de 4%, e daí? Para conter a inflação, o governo teve que subir os juros para 12,5%, os mais altos do mundo. Isso tem consequências, mas pode ser calibrado depois. O Brasil é um dos únicos países em que o governo teve que usar uma ferramenta tradicional para frear a economia num momento de crise, porque está tudo pegando fogo.

Imposturas




O Impostor

A quantidade de bons livros de autores africanos contemporâneos é impressionante. Acho que no futuro historiadores da literatura escreverão capítulos especiais sobre como a literatura africana deu gás novo a essa arte global. Em parte, sem dúvida, a boa safra se deve ao que o continente-mãe tem de diverso e conflituoso. Mas sabemos que é possível escrever porcarias sobre situações conflituosas (pode-se ter certeza que um bloco de papéis encadernado não vale muita coisa quando o melhor aspecto que o editor encontrou para destacar na orelha é que trata-se de um volume “engajado”) e obras-primas sobre um cotidiano em que aparentemente nada acontece, de modo que o prodígio literário africano realmente se deve aos homens e mulheres responsáveis pelas bem traçadas. Só temos a agradecer que esses autores venham encontrando espaço no circuito literário global.
Aqui no Brasil, somos mais familiarizados com os autores africanos de língua portuguesa – no Amálgama, Sandro Brincher elaborou uma relação de dez obras que considera fundamentais. Entre os de língua inglesa, sobressaem entre nós nomes como J.M. Coetzee, Nadine Gordimer e Chinua Achebe – no Amálgama, Marilia Bandeira e Divanize Carbonieri fizeram sua lista de indispensáveis. Isso é apenas a ponta do iceberg. Há diversos outros autores de língua inglesa que precisamos descobrir, para não falar dos de língua francesa (como a argelina Assia Djebar e a senegalesa Mariama Bâ) e, claro, os de língua nativa.
Damon Galgut é um nome relativamente novo vindo da África do Sul. Nascido em 1963, tem sete ficções publicadas, estreando aos 17 anos com A sinless season, mas ganhando notoriedade bem mais recentemente. Dois de seus romances estão disponíveis no Brasil: O bom médico (2005) e, agora, O impostor. Este segundo não é o melhor de seus livros. Obra sem muito fôlego, talvez tivesse tido mais sucesso se centrado em menos personagens, aprofundando-os com mais dedicação. E seu desfecho é menos que genial.. Ainda assim, consegue ser um livro que soma bastante à bibliografia de Galgut.
Seu protagonista é Adam Napier, homem branco de meia idade e divorciado. Após perder um bom emprego para um negro mais novo, ascendente devido ao sistema de cotas raciais pós-apartheid, Adam passa um período na Cidade do Cabo, na casa do irmão Gavin, que amealhou alguma fortuna no ramo da construção civil, e da esposa Charmaine. Então decide ir para uma pequena casa abandonada que o irmão adquirira tempos atrás na região do Karoo. Quer se isolar nesta casa para retomar seu hobby de poeta, que ele fantasia ser ser verdadeiro ofício. Publicara um livro de poemas duas décadas atrás, e depois mais nada..
Adam fica em uma cidadezinha “em que sempre era tarde de domingo”. Na casa, imunda devido ao abandono de anos, tem apenas a companhia de sua voz interior – que, como toda voz interior, sabe ser o juiz mais severo de um sujeito. Na casa ao lado, ligeiramente melhor que a sua, habita um fantasma do passado da África do Sul, um misterioso homem branco – um dos personagens que Galgut infelizmente não explora com mais empenho.
Os dias passam e Adam não consegue escrever seus versos. E então as coisas tomam um rumo estranho. Em frente a uma loja de produtos agrícolas, Adam é surpreendido por um homem branco mais ou menos de sua idade, que se apresenta como Canning e lhe aborda pelo apelido de infância, “Fralda”. Canning diz que foram grandes amigos no colégio, e aparentemente sabe um bocado sobre Adam, inclusive revelando ter lido e “adorado” seu solitário livro de poemas. Adam se vê na situação ridícula em que muitos de nós já nos encontramos, ao topar com alguém que nos conhece de tempos passados sem que tenhamos a menor ideia de quem diabos seja. Adam não confessa que não lembra de Canning. Ao invés disso, finge que o reconhece. Cunning é bem de vida, tem uma grande fazenda há poucas horas de onde Adam está alojado. Logo, Adam estará passando os finais de semana com Cunning e sua atraente esposa, a negra Baby.
Talvez seja inevitável comparar o livro de Galgut com Desonra, obra máxima de seu conterrâneo Coetzee. Em ambos nos deparamos com personagens em apuros na tentativa de focar nas artes clássicas em meio a um período de conturbadas relações sociais e de celebração do arrivismo – se Adam Napier quer escrever poemas naturalísticos, o professor de literatura romântica David Lurie em Desonra peleja para escrever um livro sobre Byron. Ambos os personagens vão se refugiar em áreas da África do Sul profunda (Adam na casa do irmão, David na casa da filha), após se verem atingidos por ondas politicamente corretas nos centros urbanos – Adam perde o emprego em Joanesburgo para um cotista negro, David perde o emprego na Cidade do Cabo após membros de sua universidade ficarem chocados com o fato de ter consensualmente mantido relação sexual com uma aluna. Os personagens se dividem entre o orgulho e o sentimento de culpa por tentarem se afastar do político para se dedicar ao estético – de Adam, Galgut escreve que “quando observava o estado do mundo, sempre acabava se retraindo por sentir-se desamparado, horrorizado; parecia quase um dever, uma obrigação artística, substituir a política pela estética. O fato de sua vida ser destituída de protestos às vezes era redentor; mas outras vezes – como agora – era motivo de culpa.”
Por fim, claro, a almejada fuga dos protagonistas é um fracasso nos dois livros – a realidade tem braços longos e os alcança sem piedade; no caso de Coetzee, a impiedade se traduz na violação de seres humanos, em Galgut, na violação da terra. Sim, porque Canning, o suposto amigo de infância de Adam, transformará as enormes propriedades que herdou do pai, ricas em fauna e flora, em ponto turístico – hotel e campos de golfe. A jogada envolve uma série de falcatruas, como dinheiro por baixo dos panos para a aprovação de licenças ambientais, falcatruas nas quais Adam em breve se verá enredado contra a vontade.
O desenvolvimento a qualquer custo da África do Sul pós-apartheid, conforme mostrada por Damon Galgut, põe a seu serviço, para correr de forma mais macia, as novas relações sociais do país. Talvez inevitavelmente. Se para tocar seu projeto adiante Canning utiliza de um parceiro negro zulu, um dos diretores da empresa de construção de Gavin, que também não sobrevive sem alguns jeitinhos, é um negro, o que segundo Gavin dá prestígio à firma.
E a poesia, em meio a isso tudo? Ela e seu amante Adam têm pouco cacife tanto junto ao Gavin homem-de-negócios quanto junto ao prefeito-ativista da cidadezinha em que Adam busca refúgio. Ela não dependeria do bom juízo de nenhum deles para brotar, mas o fato é que não brota. Adam passa mais tempo se dedicando a Baby, a beldade negra de Canning, e combatendo as ervas daninhas de seu próprio quintal. Das duas atividades, extrai genuína satisfação.
Essa se torna, durante a semana, sua única e obsessiva preocupação. A cada dia ele chega um pouco mais longe, fazendo retroceder a fronteira em alguns passos. Descobre todo tipo de objeto perdido e abandonado no meio do mato. Uma boneca de plástico, um guarda-sol rasgado. Pedaços e peças de um motor. Empilha-os perto de casa, como velhos artefatos resgatados do fundo do mar. Insiste nessa tarefa solitária e autoimposta mesmo não havendo ninguém para julgá-lo ou condecorá-lo, mesmo sabendo que não haverá recompensa quando terminar.
(Talvez alguma semelhança, afinal de contas, com a sorte do fazer poético na África do Sul.)
De fato, a poesia natural que Adam não consegue pôr no papel é Galgut quem o faz, gravando na prosa, em belas imagens, alguns pensamentos de seu personagem. Após o vizinho fantasma pôr o enferrujado moinho no quintal de Adam para funcionar,
Uma emoção toma conta de Adam, desproporcional em relação à cena. É bom ver esse trabalho bem sucedido com os elementos naturais. Essa transparência pura puxada de baixo da terra pela força do vento – parece alguma mágica. Embora não tenha feito pessoalmente o trabalho, sente-se mais próximo do mundo.
(…)
A noite inteira ele ouve a água fluindo para o tanque. Imagina que pode ser a mesma água em que nadou dias antes. É possível que tenha viajado pelo campo, depois escoado pelo solo no fundo do rio para cair em algum lençol freático, do qual o moinho a teria sugado.
Esse estado de espírito fará com que Adam se indigne com o projeto de violação do espaço natural que Canning pretende levar a cabo. Isso e também seu lado moralizante, que aqui acolá resplandece de sua indignação com a nova realidade comercial da África do Sul. O que não deixa de ser curioso, porque mais tarde, quando ardentemente tomado de paixão por Baby, será acometido de uma ganância mais insidiosa do que a ganância monetária. É quando, diante da perspectiva de um mundo sem Cunning, o vemos raciocinando que “pessoas são massacradas aos milhares, por todo o planeta, todos os dias; a história da raça humana é uma história de sangue. (…) Tanto sangue, um rio inteiro, fluindo eternamente: que diferença fariam algumas gotas a mais?”.

por Daniel Lopes

::: O impostor ::: Damon Galgut (trad. Julián Fuks) ::: Record, 2011, 272 páginas

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O CAMPUS XVIII é nosso e o céu é nosso limite...


Caros colegas discentes do Campus XVIII,
Após contato com a reitoria da Uneb, para tratar da manifestação de amanhã  durante a audiência pública da veracel, fomos informados pelo  Sr Reitor, que ele enviará carta à veracel pedindo a doação desta propriedade onde estamos instalados e que a mesma será lida pelo diretor Pedro Daniel durante o evento.
Portanto, consideramos de grande importância que todos nós, alunos do Campus XVIII, estejamos presentes neste evento que certamente marcará a nossa posição a cerca dos nossos interesses para com a Uneb.
É importante dizer que  não iremos lá tratar do assunto com agressões ou violência. Vamos sim marcar nosso espaço e deixar claro para os politiqueiros de plantão que nós temos uma idéia exata do quê queremos e não aceitaremos ouvir conversa pra boi dormir (Leia-se não aceitamos mais embromação!). Vamos lá galera é amanhã dia 12.
Compareceremos em peso com apoio de vários movimentos sociais de Eunápolis e mostraremos  que o movimento estudantil está vivo e da luta não se retirará.
O CAMPUS XVIII  é nosso e o céu é nosso limite

"Orgulho Hétero”: Guilherme Fiuza e a racionalização da idiotia e da excrecência

-- Carlos Apolinário (DEM-SP) --

A mais recente coluna de Guilherme Fiuza é um ótimo exemplo do quão tosco pode se tornar a crítica do politicamente correto. Como eu reconheci outro dia, não podemos passar sem alguma crítica do politicamente correto, que às vezes é mesmo maléfico, mas a crítica dogmática é tão maléfica quanto, porque afinal de contas quem há de negar que o politicamente correto muitas vezes é… correto? Pelo menos pelos padrões dos que supostamente são fãs do progresso social no primeiro mundo.
O texto “Dia do Orgulho Hétero: a guerra inútil do sexo” está na Época. Veja. No sexto de seus nove parágrafos, Fiuza faz referência ao aumento porcentual pífio no número de alunos carentes nas universidades federais, não obstante 15 anos de cotas raciais – cujos apologistas dizem que cota por faixa de renda apenas não resolve o problema, porque a pobreza no Brasil “tem cor”. O jornalista observa que esse murro em ponta de faca dos apologistas é um dos efeitos danosos do politicamente correto. Eu tendo a concordar. Mas o que estranha é ver essa crítica razoável presente em um texto sobre o Dia do Orgulho Hétero.
Quer dizer, estranha até você lembrar que, para a Grande Teoria Unificada do Politicamente Correto, da qual Guilherme Fiuza é um dos mais destacados propagadores, se uma porção do politicamente correto está errada, as outras também estão. Não há discriminação nem pausas para pensar. Por isso que, entre cotas e gays, Fiuza insere Obama. Isso é antológico: foi o forte sentimento de conquista que se seguiu à eleição do primeiro negro à presidência dos EUA (sentimento politicamente correto, sem dúvida) que, no final das contas, agravou a crise da dívida daquele país. Porque a negralhada teria açodado os republicanos, que então se levantaram para bater de frente. Claro, claro. E os linchamentos de negros e a crise de 1929 ocorreram devido às comemorações que cercaram a indicação, de outra forma bem sucedida, de um moreno-escuro para a secional Mississípi da agência federal de hortigranjeiros.
Fiuza concorda que o bem sucedido projeto do Dia do Orgulho Hétero, de autoria do vereador evangélico paulistano Carlos Apolinário (DEM), é “idiota” e “uma excrecência”. Mas ele também acha que trata-se de um passo “coerente”. Por quê? Porque vindo de alguém do background do nobre político? Porque, em uma sociedade preconceituosa como a brasileira, esse tipo de reação é previsível? Não, nada disso. É coerente porque, segundo Fiuza, “é para esse tipo de aberração que a história ‘progressista’ caminha.” A agenda e as ações dos homossexuais estariam além da conta, havendo uma “exacerbação” – “o que poderia ser um movimento saudável, de afirmação dos que foram (e são) oprimidos por sua natureza afetiva, ganha tons de arrogância e até revanchismo.”
Parei para pensar: arrogância e revanchismo são posturas salientes das principais correntes de ativistas pelos direitos dos homossexuais? Não, não são. São periféricas, bem periféricas, e o fato do jornalista não aparecer com nenhum exemplo só reforça meu juízo. No quesito arrogância, consigo pensar no máximo em indivíduos com santinhos de gesso em paradas gay, mas isso não é a mesma coisa que invadir bêbado, portando a bandeira do arco-íris, uma missa de domingo de manhã no interior da Paraíba. No quesito revanchismo, realmente não consigo pensar em nada. Talvez se o Fiuza me disser que sites e blogs anda lendo, eu possa me informar melhor.
Os ativistas gays, em sua esmagadora maioria (para não falar dos gays que não fazem parte do movimento), não querem uma ditadura gay, que é o que o artigo da Época no final das contas insinua. O que eles querem é, até onde for possível em uma democracia, o fim de uma homofobia disseminada por toda a sociedade e pregada em diversos palanques e púlpitos. E estamos longe desse universo possível. Homofobia não envolve apenas o direito à liberdade de expressão. Homofobia custa lágrimas e sangue, e é incrível como pessoas que se acham liberais ainda não lhe dão a mesma atenção que dão a outros discursos de ódio.
Guilherme Fiuza é da opinião de que “figuras retrógradas, como o deputado Jair Bolsonaro, ganham combustível e até se declaram vítimas de ‘heterofobia’ – miseravelmente com razão.” Ora, não se pode pegar deputados “retrógrados” e vereadores que propõem projetos “execráveis” como termômetro ideal das ações de um grupo de ativistas de direitos humanos! Caro leitor, quantos heterossexuais, além de gente do calibre do Bolsonaro, você conhece que se acreditam vivendo em um ambiente de crescente heterofobia?
Não, não há equivalência entre a “exacerbação” de uns poucos gays e o clima de desrespeito e violência contra homossexuais. Que Apolinários e suas ideias geniais aparecerão ao longo do caminho da conquista de direitos e respeito, não há dúvida. Sempre foi assim, no mundo todo. Que os batalhadores por estes direitos e respeito devam graduar sua atuação de acordo com a reação desse tipo de gente, é duvidoso. Apolinários são o fardo do homem civilizado, e nada mais do que isso. Pelo que eu vejo, já não digo do projeto de sua autoria, mas da maneira como esse vereador se expressa, concluo que ele só deve ter QI superior ao de seus eleitores. Se até muitos evangélicos com certeza relutariam em dar-lhe voto sobre questões de moral cristã, por que ele deveria ter sua voz levada mais a sério no que diz respeito à relação dos homossexuais com o restante da sociedade?
Tanto no caso dos EUA quanto no caso do Brasil, opinólogos como Guilherme Fiuza parecem achar que, não fossem os supostos excessos daqueles que vibram com conquistas progressistas de alto valor simbólico e daqueles que militam pela causa gay, a sociedade seria poupada das ignomínias de tea partiers e pastores da Assembleia de Deus. Mas por que não dizer que a “exacerbação da cultura gay” é ela mesma reação à existência de figuras como Apolinário? De fato, eu poderia brincar de ação e reação e levar o leitor até o momento em que, no Período da Roda Quadrada, um respeitado ancião flagrou duas jovens expressando sua natureza afetiva minoritária e pregou que a Mãe Lua poderia não gostar do ato, ouvindo como resposta um “Sifudê!” (para efeito mais realista, imaginar essa resposta dada de forma exacerbada, com sotaque do Crescente Fértil Oriental).
Fiuza acredita que os politicamente corretos não se aquietarão enquanto “gays e héteros não entrarem definitivamente em guerra.” Que bobagem. Pegue a estatística de homossexuais agredidos por serem homossexuais (e de heteros que os agressores pensaram ser homossexuais), depois pegue a estatística de heteros agredidos por serem heteros. Compare as proporções. No caso extremo de haver um conflito, seria menos parecido com a guerra imaginada pelo colunista do que com uma campanha de extermínio.

por Daniel Lopes

domingo, 7 de agosto de 2011

CHICO BUARQUE

Música inédita de Chico Buarque congestiona site



Agência Estado
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"Chicólatras" congestionaram o site de Chico Buarque, à espera da primeira música do seu novo disco de inéditas. A primeira canção, publicada ontem, foi Querido diário, homônima de composição de João Bosco e Aldir Blanc (1982, do disco Comissão de Frente). Muitos levaram horas para se cadastrar no site. Os responsáveis alegaram problemas no servidor.

A pré-compra pela internet (por R$ 29,90 em chicobastidores.com.br) dá a vantagem de receber o disco em 22 de julho. Intitulado Chico, possui dez faixas e sairá pela Biscoito Fino. Segundo anunciado, tem participação de João Bosco em Sinhá; de Thais Gulin em Se Eu Soubesse; e Wilson das Neves em Sou Eu (de Chico e Ivan Lins). Chico anunciou que celebrará o blues e a bossa, "sem esquecer o samba". Pelo menos uma das músicas inéditas, Nina, é uma valsa.

A nova canção tem 2 minutos e 50 segundos. A percussão entra após um minuto e meio, e o arranjo orquestral, no final. Querido Diário mostra Chico com a velha pegada poética. Versos simples conduzem a conclusões existenciais sofisticadas - André Luiz Câmara, no blog Esquinas e Quintais, lembrou que o compositor parece se referir à saga de Pigmalião, escultor cipriota que se apaixonou por uma das imagens femininas que esculpiu. "Por uma estátua ter adoração/ Amar uma mulher/ Sem orifício", diz o trecho. O último disco de inéditas de Chico, Carioca, saiu em 2006, também pela Biscoito Fino.

Confira a letra de Querido diário:

"Hoje topei com alguns conhecidos meus/ me dão bom dia cheios de carinho/ dizem pra eu ter muita luz, ficar com Deus/ eles têm pena de eu viver sozinho. Hoje a cidade acordou toda em contramão/ Homens com raiva, buzinas, sirenes, estardalhaço/ De volta a casa na rua/ Recolhi um cão/ Que de hora em hora me arranca um pedaço/ Hoje pensei em ter religião/ De alguma ovelha talvez, fazer sacrifício/ Por uma estátua ter adoração/ Amar uma mulher/ Sem orifício/ Hoje afinal conheci o amor/ E era o amor uma obscura trama/ Não bato nela, não bato/ Nem com uma flor/ Mas se ela chora/ Desejo me inflama/ Hoje o inimigo feliz veio me espreitar/ Armou tocaia lá na curva do rio/ Trouxe um porrete e um porreta pode me quebrar/ Mas eu não quebro não/ Por que sou macio, viu?"

Ouça à canção Querido diário:



                Obs:Para ouvir esta canção desligue o dispositivo de música da barra lateral

sábado, 6 de agosto de 2011

RAPIDINHO...


Atenciosamente,

A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil
Vem por meio deste informar que já está recebendo artigos,ensaios,resenhas e outros para o 2º volume da coleção Saberes e Produção Discente
Para maiores informaçãoes consultar o link: http://www.uneb..br/praes/colecao-saberes-e-producao-discente/
________________________
César Augusto Teles
Pró-Reitoria de Assistência Estudantil
Gerência de Programas e Projetos
Fone: (71) 3117-2468

INFORME.

CONVOCAÇÃO

A Coordenação do Curso de História, no uso de suas atribuições e conforme Regimento Geral da UNEB, convoca os professores e os representantes discentes para participarem da reunião ordinária do Colegiado de História, que acontecerá no dia 09 de agosto de 2011 (terça-feira), às 9h30min., na Sala de Reuniões do Campus, com a seguinte pauta:

1.      Informes;
2.      Avaliação e Aprovação do Regimento Setorial de Estágio Supervisionado e do Regimento do Colegiado de História;
3.      O que ocorrer.


Eunápolis, 04 de agosto de 2011.









Francisco Eduardo Torres Cancela
Coordenador Pro-Tempore do Colegiado de História
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologia – UNEB
Campus XVIII – Eunápolis
Mat. 74510138-5   Port.3258/2010

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Guerra Fria (2)

O que estava em jogo no conflito entre EUA e URSS

Por Túlio Vilela*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Divulgação/Nasa
O astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar a Lua
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética foram aliados na luta contra a Alemanha nazista. Derrotado o inimigo comum, os antigos aliados se transformaram em adversários. Assim, com o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, tinha início uma guerra nova e diferente: a Guerra Fria.

Por que a Guerra Fria foi diferente?

Diferente porque as duas superpotências jamais se enfrentaram num conflito militar direto, jamais se enfrentaram numa "Guerra Quente". Daí o conflito entre as duas superpotências ter recebido o nome de "Guerra Fria". Apesar de toda a hostilidade que havia entre as duas superpotências, os dois lados sabiam que uma guerra total, isto é uma guerra em que cada potência utilizasse todos os seus recursos, seria uma guerra sem vencedores e uma ameaça à própria continuidade da espécie humana no planeta. Afinal, o monopólio norte-americano da bomba atômica não durou muito tempo. Em agosto de 1949, a União Soviética detonou sua primeira bomba atômica.

Qual a característica mais marcante da Guerra Fria?

Uma das características principais foi transferir os conflitos militares para áreas periféricas do mundo. Ou seja, norte-americanos e soviéticos se envolveram em guerras localizadas em outras partes do mundo como África, Ásia e América Latina. Exemplos dessas guerras foram a intervenção norte-americana no Vietnã, durante as décadas de 1960 e 1970, a intervenção soviética no Afeganistão, final dos anos 1970 a meados dos anos 1980 e o envolvimento direto ou indireto dessas superpotências em praticamente todas as guerras no Oriente Médio, especialmente a luta entre palestinos, apoiados pela União Soviética, e israelenses, apoiados pelos norte-americanos.

Por que os Estados Unidos e a União Soviética eram adversários?

A rivalidade entre as duas superpotências tinha origem na incompatibilidade entre as ideologias defendidas por cada lado. Essa incompatibilidade ideológica podia ser percebida no fato que cada superpotência tinha um sistema político diferente e organizava sua economia de modo diferente da outra. Enquanto os Estados Unidos defendiam o capitalismo, a democracia, princípios como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa, a União Soviética defendia o socialismo e princípios como o fim da grande propriedade privada, a igualdade econômica (um a sociedade sem ricos e pobres) e um Estado forte capaz de garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos.

Essas ideologias vigoravam de fato nas duas superpotências?

Havia muitas contradições entre o discurso e as práticas de cada superpotência. De um lado, os Estados Unidos apresentavam-se como defensores da liberdade e da democracia, mas para combater o socialismo, apoiaram ditaduras na América do Sul nas décadas de 1960 e 1970 (dentre as quais, os regimes militares da Argentina, Chile e do próprio Brasil) e onde eram praticadas a prisão e a tortura dos opositores desses regimes. Por outro lado, a União Soviética que se apresentava como defensora da igualdade e inimiga da miséria, era controlada por um partido único, o Partido Comunista, cujos altos funcionários formavam uma elite privilegiada: usufruíam de luxos como produtos importados de boa qualidade enquanto a maioria da população era obrigada a enfrentar longas filas para comprar artigos de primeira necessidade que faltavam nas prateleiras.

O que são CIA e KGB?

CIA é a sigla de Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência), a agência de espionagem do governo dos Estados Unidos. KGB eram as iniciais, em russo, do Comitê de Segurança do Estado, a antiga agência de espionagem da União Soviética. Além dos serviços de espionagem, a KGB também fazia o papel de polícia política, ou seja, reprimia qualquer tentativa de oposição ao governo soviético (o mesmo papel que a Gestapo, a polícia política de Hitler fazia na Alemanha nazista). O currículo da CIA também é cheio de "trabalho sujo": a CIA participou de golpes de Estado em vários países da América Latina, com aconteceu na Guatemala, em 1954.

O que foi a "corrida espacial"?

Foi uma disputa tecnológica entre os Estados Unidos e a União Soviética. Os feitos da corrida espacial eram também demonstrações de poder: a potência que desenvolvesse uma tecnologia capaz de enviar um homem ao espaço também seria capaz de desenvolver mísseis nucleares controlados a distância. Os feitos de cada superpotência eram explorados pela propaganda de cada governo. Afinal, cada lado, queria provar que seu sistema (capitalismo, no caso dos Estados Unidos, socialismo, no caso da União Soviética, era o melhor). Tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética utilizaram, no início de seus programas espaciais, engenheiros alemães que trabalharam no desenvolvimento dos foguetes V-2, os temíveis mísseis balísticos usados pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Qual dos dois países deu a largada na corrida espacial?

No início, quem tomou a dianteira na corrida espacial foi a União Soviética, que em 1957 lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik, e, no mesmo ano, a enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadelinha Laika (que morreu lá mesmo). Também foi da União Soviética o feito de enviar o primeiro ser humano a viajar pelo espaço, o ucraniano Yuri Gagarin (na época, a Ucrânia era uma das repúblicas que compunham a União Soviética), no dia 12 de abril de 1961.

Mas foram os americanos que cruzaram a reta final?

Sim, o programa espacial norte-americano acabou superando o programa espacial soviético: no dia 20 de julho de 1969, o astronauta norte-americano Neil Armstrong tornava-se o primeiro homem a pisar na Lua. Um a curiosidade: enquanto os norte-americanos chamavam os tripulantes de suas espaçonaves de astronaustas, os soviéticos chamavam os tripulantes das suas espaçonaves de cosmonautas.
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Divulgação/Nasa
O cosmonauta russo Yuri Gagarin


*Túlio Vilela, formado em história pela USP, é professor da rede pública do estado de São Paulo e um dos autores do livro Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula (Editora Contexto).