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terça-feira, 31 de maio de 2011

ATENÇÃO

Será transmitido em tempo real pelo facebook o Ato de Protesto promovido pelo Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (ADUNEB, ADUFS, ADUSC, ADUSB), por professores, estudantes, técnicos da UNEB, UEFS, UESC e UESB e por membros da sociedade civil que defendem a educação pública de excelência, gratuita e socialmente referenciada. Ocorrerá em frente à Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, às 10 hs do dia 31 de maio. Participe e deixe sua mensagem de apoio.
Será um ato pacífico que visa em primeiro lugar "dizer a verdade" sobre a pauta de reivindicação dos professores, estudantes e técnicos das Universidades Estaduais da Bahia. Em especial o Ato visa protestar em relação à chamada “Cláusula da Mordaça” proposta pelo Governo do Estado da Bahia vinculada ao termo de acordo da incorporação da CET. A “Cláusula da Mordaça” impõe aos professores o congelamento dos salários até 2015 (após a realização da Copa do Mundo) e determina que os docentes abram mão do direito de reivindicar condições de trabalho e salário justo; de fazer protesto de qualquer ordem ou seja de serem silenciados a força. Esta atitude do Governo do Estado da Bahia fere os direitos individuais e coletivos de liberdade de política, de expressão e de pensamento. Protestaremos também pelo tratamento indigno que o referido Governo tem dado aos professores das UEBAS em relação ao já praticado engessamento dos processos de mudança de regime de trabalho (de 20 para 40 horas e de 40 horas para 40 horas integrais), as promoções relacionadas a mudança de nível (de A para B), de Classe (para assistente e adjunto) e de convocação de professores concursados. Defendemos a derrubada do Decreto 12583 que tira a autonomia das Universidades Baianas, assim como, a Lei 7176 (documentos disponíveis na NET) e que o Governo do Estado negocie já!
Lembro que as Universidades Estaduais vivem uma eterna crise com carência de salas de aula, laboratórios, salas para reunião, ausência de teatro e auditório adequados, inexistência de Colégio de Aplicação para os Cursos de Licenciatura, residência estudantil, de quadra de esportes e piscina para o curso de educação física, carência de professores e funcionários, sede própria, etc.
É importante a participação de todos e ampla divulgação.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA MUNICIPAL DE EUNÁPOLIS:

Alô sociedade Eunapolitana é importante a participação de todos.

Em reunião do dia 26/05, realizada no Campus XVIII, Uneb - Eunápolis, os Professores presentes aprovaram alguns encaminhamentos e  em alguns desses se faz necessário a presenças de todos e todas. Além de participação na Assembléia em Salvador, dia 27/05 (Sandra Gama e João Novaes), conseguimos marcar uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Eunápolis, para o dia 02/06 (Quinta-feira), às 19:00. Para tal atividade convidamos além dos Vereadores do Município,  o Prefeito, a Sociedade Civil organizada,  e também os Deputados Carleto e Claudia Oliveira. Por conta da importância política dessa atividade, estamos convidando todos os professores, alunos  e comunidade universitária em geral para garantir um debate e reflexões sérias acerca dos graves problemas que afetam as Universidades  e em particular a UNEB. Bem como colocar a sociedade eunapolitana ciente dos motivos da greve, dos prejuízos que o Decreto 12.583/2011 trouxe para a Educação Pública, dentre outros.
Apoio e presença são fundamentais para nossa luta!
Atenciosamente,

Professora Célia Santana Silva

O que é?
 AUDIÊNCIA PÚBLICA .
 Onde?
 CÂMARA MUNICIPAL DE EUNÁPOLIS
Quando?
DIA 02/06 (Quinta-feira), às 19:00
Quem pode participar?
TODA COMUNIDADE EUNAPOLITANA
ESPALHEM ESTA NOTÍCIA GALERA E COMPAREÇA LÁ!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jean-Claude Schmitt - Os vivos e os mortos na sociedade medieval



Jean-Claude Schmitt - Os vivos e os mortos na sociedade medieval

Todas as sociedades sempre souberam que o destino humano é a morte, e, por isso, quase todas tentaram imaginar os lugares habitados por seus mortos. Estudando a Idade Média, o autor mostra que os fantasmas são um produto social, ideológico, religioso e cultural que cria vínculos não só entre o passado e o presente - pois é no presente que os mortos renascem entre os vivos -, mas também com o futuro - pois este é o tempo que faz de todos os homens fantasmas em potencial
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Justiça com o professor!

Dossiê Nordeste Seco - Sertões e sertanejos: uma geografia humana sofrida - Aziz Nacib Ab'Sáber.


Dossiê Nordeste Seco - Sertões e sertanejos: uma geografia humana sofrida - Aziz Nacib Ab'Sáber.
 
Introdução.
 
Originalidade da terra.
Espaços ecológicos e impactos da semi-aridez.
Existem na América do Sul três grandes áreas semi-áridas: a região Guajira, na Venezuela e na Colômbia; a diagonal seca do Cone Sul, que envolve muitas nuanças de aridez ao longo de Argentina, Chile e Equador; e, por fim, o Nordeste seco do Brasil, província fitogeográfica das caatingas, onde dominam temperaturas médias anuais muito elevadas e constantes. Os atributos que dão similitude às regiões semi-áridas são sempre de origem climática, hídrica e fitogeográfica: baixos níveis de umidade, escassez de chuvas anuais, irregularidade no ritmo das precipitações ao longo dos anos; prolongados períodos de carência hídrica; solos problemáticos tanto do ponto de vista físico quanto do geoquímico (solos parcialmente salinos, solos carbonáticos) e ausência de rios perenes, sobretudo no que se refere às drenagens autóctones.
Download do livro Aqui:

I Guerra Mundial

I Guerra Mundial

Os atritos entre a Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia) e a Tríplice Aliança (Itália, Alemanha e Áustria) levou o mundo a sua primeira guerra mundial. Os ressentimentos nacionalistas e as rivalidades econômicas eram pontos permanentes do conflito. A guerra durou quatro anos, foi de 1914 a 1918.
O estopim foi em Sarajevo, capital da Bósnia, onde o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, e sua esposa foram assassinados por um estudante bósnio, em 28 de junho de 1914. A Áustria ameaçou a Sérvia de guerra caso não cumprisse algumas exigências, uma delas a investigação do ocorrido por oficiais austríacos. A Alemanha apoiou a Áustria. Porém a Rússia aconselhou a Sérvia e ela não aceitou as exigências da Áustria. Então a Áustria declarou guerra a Sérvia com o apoio dos alemães, que declararam guerra à Rússia e depois aos franceses. A Itália, num primeiro momento, declarou-se neutra. Já a Inglaterra declarou guerra à Alemanha depois que o país violou a neutralidade invadindo a Bélgica, para atacar a França. Durante a guerra, outras nações se envolveram.
Os alemães deram o primeiro passo, atacaram a Franca, invadindo a Bélgica e logo se voltaram contra os russos, após a rendição francesa. O governo francês saiu de Paris e foi para Bourdeaux e, logo depois, em outra batalha, contiveram os alemães que recuaram.
Os Estados Unidos entraram na guerra depois que a Rússia saiu, em razão da Revolução Russa, em 1917. A entrada dos Estados Unidos beneficiou a Entente. A Rússia assinou um acordo de paz com a Alemanha, depois de sua saída da guerra, o que favoreceu a Alemanha. Logo depois, a Alemanha rompeu os Alpes, invadiu Veneza e iniciou um bombardeio em Paris. Os aliados revidaram e venceram os alemães e os austríacos foram vencidos pela Itália e abandonaram a guerra. A Alemanha não podia mais vencer a guerra e, diante da derrota militar e a revoltar popular, Guilherme II abdicou e a república foi proclamada em 9 de novembro de 1918. No dia 11, o governo alemão assinou o armistício aceitando as condições dos aliados.
As consequências da guerra foram 8 milhões de pessoas mortas, 20 milhões de pessoas ficaram inválidas, os danos econômicos foram enormes, a dívida externa cresceu e as moedas europeias sofreram desvalorização em relação ao dólar. A economia dos Estados Unidos saiu fortalecida e seu território não sofreu agressão durante a guerra, o que os beneficiou em exportações e a renda nacional dobrou, tudo isso fez com que eles virassem a maior potência mundial.
O Brasil participou da guerra. Em 1917, os alemães afundaram um navio mercante brasileiro, o que levou o Brasil a romper relações com os alemães e a declara guerra a eles. O Brasil enviou médicos e soldados para ajudar a Entente e colocou a disposição barcos de guerra da marinha.
Com o fim da guerra, 25 países se reuniram em janeiro de 1919 para discutir a paz, porém nem os derrotados e nem a Rússia estavam presentes. Os Estados Unidos propuseram a criação de uma Sociedade das Nações, que foi fundada em 28 de abril de 1919, com o objetivo de ser árbitro nas questões internacionais e imposição de sanções contra a nação culpada. Inglaterra e França buscavam ampliar seus mercados e a França exigia o desarmamento alemão e indenizações de guerra. As imposições foram dispostas à Alemanha num tratado assinado no palácio de Versalhes. Neste tratado os alemães perderiam territórios, teriam ainda perdas militares e financeiras:
  • Alsácia-Lorena foi cedida à França;
  • Polônia torna-se independente;
  • As colônias na África foram incorporadas a Inglaterra, Francia e Bélgica;
  • As colônias do pacífico passaram para o domínio japonês e inglês;
  • O exercito foi reduzido a 100 mil homens;
  • 132 milhões de marcos-ouro de indenizações e pensões a pagar.
Fonte: http://www.culturabrasil.org/primeiraguerramundial.htm
Referências
Arruda, José Jobson de A.; Piletti, Nelson. Toda a História – História Geral e História do Brasil, 8ª edição, editora Ática.

Cangaceiros e Fanáticos - Rui Facó.

Considerada como um marco inicial na literatura histórica e sociológica, esta interpretação exata conduz a uma análise honesta das verdadeiras causas do cangaço e do fanatismo.

Cangaceiros e Fanáticos - Rui Facó.

Fragmento do Prólogo do livro: "Tem-se exagerado indevidamente — e esta é uma das teses deste livro — o fundo místico dos movimentos das massas sertanejas como foram Canudos, Juazeiro, o Contestado e um sem-número de episódios semelhantes, mais restritos, que eclodiram em diferentes pontos do Brasil. Não negamos a existência do fenômeno, uma espécie de misticismo, de mes¬sianismo não-cristão, embora formalmente influenciado pelo cristianismo. O que discutimos é a sua essência, a eclosão e e motivação das lutas no falso pressuposto de que elas têm no misticismo ou messianismo sua origem e seu fim.
Acreditamos, ao contrário, que os fenômenos de misticismo ou messianismo, que se convencionou chamar de fanatismo, disseminados pelos sertões em nosso passado ainda recente, têm um fundo perfeitamente material e servem apenas de cobertura a esse fundo. É a sua exteriorização. Em populações submetidas à mais ignominiosa exploração e mergulhadas no mais completo atraso, sob todos os aspectos, a razão estava obscurecida e transbordavam os sentimentos em estado de superexcitação. A própria Natureza inclemente, e contra a qual não tinham meios para lutar, favorecia essa exacerbação de sentimentos. E, como dizia Feuerback, o sentimento é o órgão essencial da religião. Ao elaborarem variantes do cristianismo, as populações oprimidas do sertão separavam-se ideologicamente das classes e grupos que as dominavam, procurando suas próprias vias de libertação. As classes dominantes, por sua vez, tentando justificar o seu esmagamento pelas armas — e o fizeram sempre — apresentavam-nos como fanáticos, isto é, insubmissos religiosos extremados e agressivos."
Este livro de Rui Faço, cuja primeira edição foi publicada poucas semanas após seu lastimável e prematuro falecimento, num desastre de avião, é contribuição importante ao estudo objetivo da realidade brasileira, e concorrerá para solucionarmos seus problemas crônicos.
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Eric Hobsbawm - A era do capital

Eric Hobsbawm - A era do capital

O livro discorre sobre o período entre a "Primavera dos Povos", em 1848, à "Grande Depressão", que teve início nos anos de 1870. É a história do triunfo global do capitalismo e de uma sociedade que acreditava encontrar o sucesso na livre iniciativa privada e na criação de um mundo de distribuição plena do material, da moral e do conhecimento. Surgia assim a sociedade de massas, impulsionada pela noção de "progresso". Como resultado, obteve-se de um lado o avanço maciço da economia do capitalismo industrial, da razão, da ciência e do progresso; de outro, operações militares cuja superioridade organizacional e tecnológica não tinham precedentes na História. As contradições que marcaram o período deram origem à modernidade do século XX. Este livro possibilita uma análise comparativa entre o liberalismo do passado e o neoliberalismo do presente. As imagens que o ilustram permitem ainda compreender os momentos históricos com base em outras fontes documentais.

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Introdução à História Contemporânea - Geoffrey Barraclough.


Introdução à História Contemporânea - Geoffrey Barraclough.
Um dos propósitos deste livro é demonstrar como a História contemporânea é diferente, na maioria de suas preocupações básicas, daquilo que chamamos História "moderna", marcando a década de 1960 o início de uma nova época na história da humanidade.
Em sua análise, mostra o autor como a nova estrutura mundial foi uma conseqüência material da industrialização e do imperialismo e como o equilíbrio político e diplomático foi alterado pelo crescimento demográfico e pelo surgimento de numerosas novas nações no mundo subdesenvolvido.
Nos capítulos que focalizam a transição de uma estrutura européia para uma estrutura global da política internacional, são abordados temas de grande interesse e atualidade como a propagação da tecnologia e das idéias políticas ocidentais nos países em desenvolvimento, os problemas sociológicos e políticos suscitados pela sociedade de massas, além de outras tendências importantes da era contemporânea.
Download do livro Aqui:

Ciro Flamarion S. Cardoso O Egito Antigo.

Ciro Flamarion S. Cardoso O Egito Antigo
 
Fugindo das abordagens convencionais do Egito Antigo, que costumam apresentá-lo como um mundo encantado de pirâmides mágicas, este livro analisa diretamente as estruturas econômico-sociais e a história política da civilização egípcia. O estudo desses 2700 anos de estabilidade em língua, organização social e política, é desmitificador além de ser imprescindível para o entendimento do estágio intermediário entre uma organização tribal e uma sociedade de classes, regulada pelo Estado.

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A Revolução dos Bichos - George OrwellGeorge Orwell


A Revolução dos Bichos George Orwell.

Mostra através de uma história de ficção, a ganância de poder do ser humano. O autor descreve uma granja, cujo dono é o Sr. Jones (Granja do Solar). Os vários animais da granja, porcos, galinhas, vacas, cachorros, gatos, cavalos, gansos e pássaros são induzidos a uma revolta por um porco mais velho (Major).

Este diz ter tido um sonho no qual via um lugar onde todos os animais eram iguais e auto-suficientes. Era o princípio do que chamaram de Animalismo. Este porco morreu duas semanas mais tarde, fortalecendo assim a idéia da revolução. Tempos depois, a revolução ocorreu e o Sr. Jones, sua mulher e seus peões foram expulsos da fazenda. Liderados por Bola-de-Neve (um porco), os animais reorganizaram toda a fazenda, plantavam e faziam colheitas, aprendiam a ler e escrever, estipularam datas comemorativas, hinos, bandeiras e celebrações.


A granja mudou de nome para Granja dos Bichos, foram criados sete mandamentos que eram a síntese do Animalismo e todos os assuntos eram discutidos em círculo e sugestões eram dadas. Mas tinha um porco (Napoleão) que sempre se discordava de Bola-de-Neve. Um dia Napoleão (outro porco) traiu Bola-de-Neve expulsando-o da granja com a ajuda de nove cães fiéis que ele havia criado em segredo. Depois desse acontecimento a política da granja mudou radicalmente. Os animais não mais podiam dar opiniões nem fazer protestos, porque estavam sob a ameaça dos cães. Os assuntos da granja passaram a ser discutidos somente entre os porcos e não mais com toda a comunidade.


Eles agora apenas recebiam ordens e as executavam. Aos poucos Napoleão desrespeitou todos os sete mandamentos. Dormiu em camas, usou roupas, bebeu álcool, mandou matar vários animais da granja, fez comércio com humanos, e finalmente, começou a andar sob duas patas. E tudo sempre com uma boa desculpa dada pelo seu fiel amigo Garganta. Este foi um aliado imprescindível de Napoleão na imposição do novo regime que se procedia na granja; uma espécie de ditadura. Napoleão foi aos poucos mostrando sua ambição e personalidade totalitarista.


Proibiu o canto do hino "Bichos da Inglaterra" pois lembrava os princípios da revolução, modificou a bandeira, obrigava os bichos a trabalhar com comida reduzida e as galinhas a botar mais ovos que sua capacidade. No fim, os animais estavam trabalhando mais do que quando o Sr. Jones era dono da granja e com menos alimento.


George Orwell utiliza-se da ficção para condenar o aburguesamento do regime soviético. Condena os revolucionários em tese, mas burgueses na prática. O livro é indicado para pessoas que se interessam pelo relacionamento humano em sociedades e lutas de poder.Considerando o contexto no qual Revolução dos Bichos foi escrito, o autor cria uma ficção para mostrar, condenar e protestar o totalitarismo político.


Ele tenta mostrar que tanto o capitalismo opressor instalado na Inglaterra da época, quanto o socialismo na Rússia, eram a mesma coisa. Napoleão, o porco do livro, representa Stalin, que o autor considera um traidor da revolução. As figuras como Sansão e Quitéria (eqüinos), mostram a classe trabalhadora ingênua e oprimida.


O que o autor deixa em aberto é se houve mesmo uma revolução "verdadeira" ou se tudo não passou de jogo de poderes entre os porcos. Como o conto faz alusão a revolução socialista em 1917, a de se supor que Bola-de-Neve era Lênin. Porém esta suposição não se confirma. A quem diga que Bola-de-Neve foi Trotsky, porém também não se confirma esta hipótese, já que quem iniciou a revolução foi o próprio Bola-de-Neve.



A Ordem do Discurso - Michel Foucault.

A ORDEM DO DISCURSO 


Aula Inaugural no Collége de France, pronunciada em 02 de dezembro de 1970, nos faz   refletir sobre questões desafiadoras como a “verdade” e a relação “poder-saber”. Segundo Foucault (1983) “o poder não é necessariamente repressivo uma vez que incita, induz, seduz, torna mais fácil ou mais difícil, amplia ou limita, torna mais provável ou menos provável.” Além disso, o poder é exercido ou praticado em vez de possuído e, assim, circula, passando através de toda força a ele relacionada.
Analisando essas questões, suscitadas através da leitura do livro, surgem indagações como: Onde está o poder? O poder está em cada um de nós? O poder se apresenta “mascarado”? O “discurso” é um elemento do poder?

A SOCIEDADE FEUDAL DE MARC BLOCH

A SOCIEDADE FEUDAL MARC BLOCH

Esta obra de referência obrigatória, é um clássico para quem queira conhecer a essência da sociedade feudal, como ela funcionou, como evoluiu. Aborda o período que vai de meados do séc. IX até aos primeiros decênios do séc. XIII, num quadro geográfico que abrange a Europa ocidental e central. Bloch dá-nos a conhecer o meio e as condições de vida, os laços de sangue, a vassalidade e o feudo, as classes, a dependência das classes inferiores, o governo dos homens e a feudalidade como tipo social. Ao mesmo tempo avalia o papel da Igreja, da realeza, da força burguesa, da cidade, da comuna

O IMPERIALISMO CONTEMPORÂNEO

O IMPERIALISMO CONTEMPORÂNEO

Marcos Emílio Ekman Faber

Introdução

Neste breve artigo pretendo conceituar o que é o “imperialismo”, particularmente o imperialismo da virada do século XIX para XX. Porém, antes de definirmos o imperialismo, é necessário compreendermos outros conceitos. É importante entendermos o que é monopólio imperialista, o que são os trustes e o que são os cartéis.
O primeiro conceito a ser entendido é o de monopólio. Monopólio “é um produto de concentração da produção num grau muito elevado do seu desenvolvimento, sendo que é formado pelas associações monopolistas dos capitalistas, pelos cartéis, pelos sindicatos e pelos trustes” (CATANI, 1982, p.13). O Segundo conceito a ser compreendido é o conceito de truste. Truste é o resultado da associação financeira de várias firmas em uma só empresa. E, por fim, cartel é o acordo comercial realizado entre empresas produtoras, que mantém a autonomia interna, porém, se une a outras empresas na forma de sindicatos para determinar preços e dividir o mercado, acabando com a livre concorrência (CATANI, 1982, p.13).
As raízes do Imperialismo:

Os monopolistas da fase pré-imperialista buscavam controlar as fontes de matérias-primas, o que acirrou as contradições entre a indústria cartelizada e a não cartelizada (industriários independentes).
Outro fator determinante para o surgimento do capitalismo imperialista foi o que diz respeito ao monopólio bancário. Os bancos, inicialmente empresas intermediárias, tornaram-se monopolistas do capital financeiro. “A oligarquia financeira tece uma densa rede de relações de dependência entre todas as instituições econômicas e políticas da sociedade burguesa contemporânea sem exceção” (CATANI, 1982, p.14).
Também é importante entendermos que o monopólio tem origem no colonialismo. “Aos numerosos ‘velhos’ motivos da política colonial, o capital financeiro acrescentou a luta pelas fontes de matérias-primas, pela exportação de capitais pelas ‘esferas de influência’ (...) e, finalmente, pelo território econômico em geral” (CATANI, 1982, p.15).
A grande contradição ocorreu quando a associação entre o capital industrial e o capital financeiro acabou com a livre concorrência, pondo fim ao liberalismo econômico. Surgia, assim, o imperialismo que foi defino por Lênin como “a fase superior do capitalismo”.
“A característica mais importante da etapa imperialista do desenvolvimento do capitalismo era a total submissão das economias capitalistas ao domínio dos monopólios, tendência que Marx já havia previsto com muita lucidez” (HUNT; SHERMAN, 2001, p.160).
Os monopólios e as oligarquias possuem uma tendência natural para a dominação. Puseram, portanto, fim a liberdade de mercado. As nações ricas – Inglaterra, França, EUA e Alemanha - dominaram e exploraram um número cada vez maior de nações pequenas. Esses fatores determinaram o surgimento do imperialismo.
Neste período o capitalismo cresceu numa velocidade incomparavelmente maior do que antes, “mas este crescimento não só é cada vez mais desigual como a desigualdade se manifesta de modo particular na decomposição dos países mais ricos em capital, como é o caso da Inglaterra” (CATANI, 1982, p. 16).
Lênin (2008, p. 22) define a História da formação dos monopólios em três fases:
  • Anos 1860 – 1880: auge da livre concorrência;
  • Após a crise de 1873: desenvolvimento dos cartéis, porém de forma instável;
  • Expansão do fim do séc. XIX e crise de 1900-1903: os cartéis passam a formar uma das bases do sistema econômico. O capitalismo se transforma em imperialista.
“Os cartéis estabelecem entre si acordos sobre as condições de venda, as trocas, etc. Repartem os mercados entre si” (LÊNIN, 2008, p. 22). Os cartéis passam a determinar o que, quanto, quando e quem deve fabricar, fixam os preços e repartem os lucros entre suas empresas.
Alguns cartéis chegavam a dominar de 70% a 80% da produção de determinados produtos. A superioridade dos trustes em comparação às empresas independentes se fazia clara na grande diferença tecnológica. Enquanto a maior parte das indústrias independentes possuía maquinários rudimentares, os cartéis iam aprimorando cada vez mais sua produção, substituindo gradualmente a produção manufatureira pela produção mecânica (LÊNIN, 2008, p. 24).
Estas diferenças foram caracterizando os anos que se passaram. A concorrência foi gradualmente se transformando em monopólio.
“Daí resulta um imenso progresso na socialização da produção. E, particularmente, no domínio dos aperfeiçoamentos e inovações técnicas. Já não se trata, de modo algum, da antiga livre concorrência entre empresários dispersos que não se conheciam uns aos outros e que produziam para um mercado desconhecido. A concentração chega a um ponto em que torna-se possível fazer um inventário aproximado de todas as fontes de matérias-primas (tais como jazidas de minério de ferro) de um país e mesmo, como veremos, de vários países e até do mundo inteiro. (...) O monopólio da mão-de-obra especializada, os melhores engenheiros; apodera-se das vias e meios de comunicação, das estradas de ferro da América, das sociedades de navegação na Europa e na América. O capitalismo, chegando à sua fase imperialista, conduz à beira da socialização integral da produção; ele arrasta os capitalistas, seja como for, independentemente da sua vontade e sem que eles tenham consciência disso, para uma nova ordem social, intermediária entre a livre concorrência e a socialização integral” (LÊNIN, 2008, p. 25).
Apesar da produção se tornar social, a apropriação continua privada. Os meios de produção sociais continuam nas mãos de um pequeno grupo de proprietários.
Lênin (2008, pp. 25-26) traça os processos das uniões monopolistas:
  • Privação de matérias-primas;
  • Privação de mão-de-obra (através de acordos com os sindicatos);
  • Privação dos meios de transporte;
  • Encerramento de mercados;
  • Acordos de exclusividade de mercado com os compradores;
  • Baixa de preços (para eliminar com a concorrência independente);
  • Privação de créditos e;
  • Boicote.
Não se trata mais de livre concorrência, mas de aniquilamento daqueles que não se submetem aos cartéis – os industriários independentes.
“O monopólio abre caminho em todas as direções e por todos os meios, desde o pagamento de uma ‘modesta’ indenização até o ‘recurso’ (...) da dinamitagem do concorrente” (LÊNIN, 2008, p. 28).
Mas para compreendermos o poderio e o papel dos monopólios necessitamos compreender a função dos bancos.
Os bancos constituem uma das características mais importantes da concentração capitalista (LÊNIN, 2008, p. 31). A substituição do antigo capitalismo (livre concorrência) pelo novo capitalismo (monopolista) tira a importância das bolsas de valor, pois todo banco torna-se uma bolsa.
A nova realidade econômica faz com que se torne mais importante o banco que concentre o maior número de aplicações dos industriários. Pois o crescimento e a concentração dos bancos restringe as opções de acesso ao crédito. O industriário na procura de financiamento torna-se dependente dos grupos bancários. “A estreita ligação entre a indústria e o mundo das finanças restringe a liberdade de movimentos das sociedades industriais que têm necessidade de capitais bancários” (LÊNIN, 2008, p. 40).
A associação entre os bancos e a indústria, nada mais é do que a associação entre o capital financeiro e o capital industrial (CATANI, 1982, p. 18). Desta associação surgem, inevitavelmente, os monopólios. Pois, “a última palavra do desenvolvimento dos bancos é o monopólio” (LÊNIN, 2008, p. 40). Desta associação inevitavelmente o industriário torna-se dependente do capital financeiro, ou seja, a indústria, direta ou indiretamente, torna-se dependente dos bancos (capital financeiro). Muitos dos diretores de banco tornam-se parte dos acionistas das indústrias (CATANI, 1982, p. 24).
O investimento dos bancos no setor industrial faz com que o capital dinheiro inativo se transforme em capital ativo, ou seja, capital que rende lucro (CATANI, 1982, p. 24).
“A ‘união pessoal’ dos bancos e das indústrias é completada pela ‘união pessoal’ de uns e outros com o governo” (LÊNIN, 2008, p. 41). Neste estágio os governos passam a criar políticas que beneficiam os interesses dos trustes e dos cartéis. “Daí resulta uma divisão sistemática do trabalho entre algumas centenas de reis de finanças da moderna sociedade capitalista” (LÊNIN, 2008, p. 41).
Lênin escreve ao final do capítulo “os bancos e a sua nova função” que o antigo capitalismo fez a sua época e o novo capitalismo constitui uma transição. “A procura de ‘princípios rígidos e de um fim concreto’ com vista a ‘conciliar’ o ‘monopólio’ e a ‘livre concorrência’ é, evidentemente, uma tentativa voltada ao fracasso” (LÊNIN, 2008, p. 44). O imperialismo sepultou a livre concorrência.
A virada do século XIX para o século XX é marcada pela hegemonia do capital financeiro sobre o capital em geral, tornando o imperialismo a base estrutural do capital financeiro do início do século XX (CATANI, 1982, p. 39).
“Embora os bancos fossem capazes de mobilizar volumes gigantescos de capital, as tendências persistentes à queda das taxas de lucro no plano doméstico tornaram indispensável encontrar zonas no exterior onde o capital pudesse ser investido em melhores condições” (HUNT; SHERMAN, 2001, p. 161).
A busca por mercados exteriores não era causada pela necessidade de exportar mercadorias, mas pela necessidade de exportar capital – o capital financeiro. Pois “as áreas atrasadas eram cobiçadas porque dispunham de mão-de-obra em abundância e barata, e ofereciam perspectivas lucrativas de investimento” (HUNT; SHERMAN, 2001, p. 161).
Esta busca por mercados exteriores determinou a partilha econômica do mundo pelas potências industriais – Inglaterra, França, Alemanha e EUA. Tal situação era instável, pois as rivalidades nacionais se acirravam. “O imperialismo conduziriam, de modo inevitável, às guerras entre países capitalistas avançados, e a rebeliões e revoluções nas regiões exploradas” (HUNT; SHERMAN, 2001, p. 161).
A era imperialista teria seu auge e crise, como não poderia ser diferente, com a Primeira Guerra Mundial em 1914. Mas somente após a Segunda Grande Guerra as políticas imperialistas ruiriam de vez..


Referências Bibliográficas:


CATANI, Afrânio Mendes. O que é Imperialismo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios. 12a.Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
HUNT, E. K.; SHERMAN, Howard J. História do Pensamento Econômico. 20a.Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
LÊNIN, V. I. Imperialismo Fase Superior do Capitalismo. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2008.



Este artigo pode ser utilizado e publicado em outros sites desde que citada a fonte:
Autore: Marcos Faber

Marcos Emílio Ekman Faber



O Que É Capital Internacional - Rabah Benakouche.

O Que É Capital Internacional - Rabah Benakouche.

O que representam as nações econômicas internacionais? E como essas relações se transformam a partir do fluxo de mercadorias e de serviços que se estabelecem entre os países?
O que se entende (e se divulga) sobre Economia Internacional? Rabah Benakouche analisa as concepções econômicas de nação e os problemas surgidos com a passagem do sistema de troca internacional para a internacionalização do capital.
 

O Que É O Virtual - Pierre Lévy.


O Que É O Virtual - Pierre Lévy.
 
A virtualização enquanto um momento de mutação do processo de hominização e auto-criação da espécie humana, é o ponto de partida para o livro “O que é o virtual?”, do filósofo francês Pierre Lévy. O autor aborda o fenômeno da virtualização à luz da relação entre a comunicação virtual e as características da sociedade contemporânea. A reflexão centra-se numa tripla abordagem (definida por Lévy como o triplo interesse do livro): filosófica (o conceito de virtual e o movimento da virtualização), antropológica (o processo de hominização que nasce com a virtualização) e sociopolítica (a mutação contemporânea que nos torna actores de uma realidade acelerada). A proposta de Lévy centra-se na comunicação virtual enquanto elemento de um processo que abrange toda a vida social, sublinhando aspectos como a diferenciação entre o virtual e o real, a dimensão econômica da comunicação, a desterritorialização e a problemática da temporalidade associada ao movimento de virtualização.
 

O que é Pós-Moderno - Jair Ferreira dos Santos.

O que é Pós-Moderno - Jair Ferreira dos Santos.

O que é Pós-Moderno - Jair Ferreira dos Santos. Que ligação existe entre o micro-computador e a sex-shop? Por que a massa consumista tem no rosto um misto de fascinação e melancolia? O que ocorreu nas artes com o fim das vanguardas? Por que o niilismo voltou à boca dos filósofos? Há qualquer coisa nova, mas indefinível, no ar. Cabeças mais sensitivas a chamam de pós-modernismo, mescla de purpurina com circuito integrado, liberação dos costumes com pós-industrialismo. Um bem? Um mal? Quem viver verá...

Em 7 mini-capítulos, o autor Jair Ferreira dos Santos esboça uma idéia sobre o que é o “fantasma” pós-moderno e sobre a paisagem que ele assombra.


África.


A África é o terceiro maior continente, ficando atrás de Ásia e América e o segundo mais populoso com cerca de 900 milhões de habitantes.

É um continente com grande diversidade étnica, cultural e política e o mais pobre de todos, pelo menos 21 países do continente estão entre os 30 países mais pobres do mundo. Porém, existem alguns países com padrão de vida razoável, sendo sua maior economia a África do Sul que esteve bastante presente na mídia este ano graças a Copa do Mundo sediada neste país.
Alguns países foram colonizados pelos portugueses e ,com isso, usam o português como língua oficial. São eles a Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Saara
O Deserto do Saara se estende por diversos países, com o solo árido e um clima predominantemente desértico, as atividades econômicas são grandes obstáculos, sendo a implantação de indústrias um trabalho difícil, assim como a agricultura só é possível junto aos oásis e curtos trechos do litoral. A Líbia, onde parte do Deserto do Saara se encontra, tem sua importância nas atividades econômicas pela produção petrolífera.
Curiosidades:
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos.
Com exceção da Etiópia, que só foi dominada pela Itália durante um curto período, e da Libéria, que foi um estado criado pelos Estados Unidos da América durante o processo de abolição da escravatura, no século XIX, todos os outros países de África apenas conheceram a sua independência na segunda metade do século XX.
Hoje, em Moçambique ,pequena parcela da população tem acesso à energia elétrica e um grupo ainda mais seleto, à televisão. Essa elite assiste, além da programação local, a programação integral da TV Record e a três novelas da rede Globo, incluindo Malhação. Por isso, a influência dos costumes, moda, comportamento e maneira de falar dos brasileiros aumenta entre os Moçambicanos. Porém, apesar disso e da globalização, esse país ainda não aderiu à moda dos corpos esbeltos, já que estar acima do peso ainda significa fartura e riqueza num país onde a maior parte da população, que certamente não tem acesso à eletricidade e à televisão, é subnutrida. Confira esse vídeo publicitário que satiriza essa realidade!
Fonte: youtube=http://www.youtube.com/watch?v=_0Pus0vr87U
Depoimento de quem viveu a África:


“A África é um dos continentes mais carentes do planeta . É engraçado como certas pessoas falam de África como se fosse um só país, quando na  verdade são 53 deles, com características e condições muito diversas. Por oito meses, fui voluntária em um projeto de prevenção ao HIV em Moçambique, país em que a expectativa de vida é de 42 anos, com altas taxas de mortalidade infantil e baixas taxas de alfabetização. Nesse período, também tive oportunidade de viajar por alguns dos países da África subsariana, África do Sul, Botswana, Namíbia, Suazilândia e o  próprio Moçambique.
Moçambique conseguiu independência de Portugal no ano de 1975, depois de 10 anos de guerra, que continuou por mais 17 com a disputa política num conflito entre os dois partidos políticos que existem ainda hoje. A guerra civil teve final em 1992. Um país-colônia explorado e escravizado, que viveu quase 30 anos em guerra, e conseguiu uma razoável estabilidade política recentemente, não poderia estar em uma situação diferente da que se encontra hoje.
O país, que já teve uma das reservas ecológicas mais famosas da África, teve sua fauna quase dizimada pelos caçadores ilegais em busca de marfim e peles durante a guerra. Hoje, Moçambique importa animais de outros países para o projeto de recuperação do Parque Nacional em Gorongosa. A infraestrutura é pouca e ainda não se estabeleceu uma atividade econômica relevante. As poucas estradas que existem estão em mau estado de conservação. As cidades ainda guardam as cicatrizes das batalhas nos buracos de bala nas paredes e as pessoas carregam com elas cenas da barbárie infligida sobre o povo.
A maioria da população vive na área rural e grande parte da agricultura é de subsistência. A maior parte das comunidades, mesmo algumas das que se localizam em torno das maiores cidades do país, não têm acesso à eletricidade, saneamento básico ou água tratada. Mesmo nas cidades pode-se encontrar no quintal das casas pequenas /*machambas*// /(horta em uma das várias línguas locais). O comércio de roupas usadas, doadas pelos países desenvolvidos, predomina no mercado de calçados e vestuário. Também existem os produtos fabricados na África do Sul, o vizinho mais desenvolvido, mas que são acessíveis a uma parcela muito pequena da população.
Um país onde a população, sendo 97% negra, vive em grande maioria abaixo da linha da pobreza, com más condições de saúde e sujeita a doenças como lepra, malária e tuberculose, subnutrição, e consumo de água contaminada, é um prato cheio para a epidemia do vírus da imunodeficiência humana, o HIV. Isso por que, uma pessoa que tem o sistema imunológico constantemente ativo, se infecta mais facilmente, desenvolvendo a AIDS num período muito curto após a contaminação. Fato que mina especialmente a população jovem do país e, consequentemente, destrói a força de trabalho. O resultado é muitas famílias compostas por velhos e crianças, já que os jovens foram vitimados por essa epidemia.
Porém, segundo os números divulgados pelo governo nos últimos anos, a contaminação pelo HIV tem sido controlada por meio do esforço das campanhas governamentais e das diversas organizações não governamentais instaladas no país. Em Moçambique, o teste de HIV pode ser feito gratuitamente em qualquer posto de saúde e o coquetel antirretroviral é distribuído gratuitamente.
Além da sempre excelente recepção do povo Moçambicano em meio a todas essas dificuldades, o país também oferece aos visitantes um clima subtropical, muito parecido com o nosso, reservas naturais, praias lindas, lugares excelentes para mergulho, e uma culinária muito especial. Um prato muito popular e saboroso é a matapa, feita com folha de mandioca, leite de coco e amendoim pilado, além das delícias vindas do Oceano Índico. Suas praias de areia branca e mar azul, especialmente ao norte do país, são atrações para turistas que gostam de aliar beleza e rusticidade.”
Caroline Olivia Prata Esteca 
Instrutora de Desenvolvimento do Programa Total Controle da Epidemia – TCE Moçambique
Conheça o trabalho de voluntários brasileiros na África na página
Música Pop Moçambicana

fonte: http://www.youtube.com/watch?v=F3h1MGMhYCo&feature=related  
  Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica

 

A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA

Marcos Emílio Ekman Faber
O Congresso de Viena (1814-1815) dividiu a Itália em sete Estados:
Reino Sardo-Peimontês - governado pela família dos Sabóia.
Reino da Lombardia - governada pela Áustria.
Estados Pontifícios - autoridade da Igreja Católica.
Ducado da Toscana, Parma e Modena - governada pela Áustria.
Reino de Nápoles ou das Duas Sicílias - governado pela família dos Bourbons.
Até o século XIX a Itália era basicamente agrária.
No Norte ocorriam os primeiros investimentos na industrialização. Surgindo uma burguesia industrial.
Em meados do século XIX, Giuseppe Mazzini tenta unificar a península itálica em uma república, mas fracassa.
Na segunda metade do século XIX, Vítor Emanuel II, rei piemontês, recebendo apoio de Napoleão III, aproxima-se da burguesia e inicia o processo de unificação italiana.
A Áustria coloca-se contrária a tal processo de unificação, dando inicio a uma guerra entre estes países.
Com a ajuda da França, os austríacos são vencidos. Fortalecendo o processo de unificação da Itália.
Giuseppe Garibaldi vence as batalhas de Montebello (20/05/1859) e Magenta (04/07/1859).
A guerra une vários reinos italianos.
A partir de 1860, os reinos são unificados e Vítor Emanuel é aclamado rei.
Em 1870 o processo de unificação é completado e Roma torna-se a capital.
Em 1929, através do Tratado de Latrão, é criado o Estado do Vaticano.
A UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
Até meados do século XIX, a Alemanha era formada por uma confederação de principados e Estados com sede em Frankfurt.
A Prússia e a Áustria destacavam-se dentro desta confederação.
A agricultura era a principal atividade econômica, mas mantinham-se relações feudais de produção.
A mão-de-obra concentrava-se nos meios urbanos, procedentes da exclusão rural.
Devido ao desemprego e as más condições de vida, surgem diversas revoltas por toda a Alemanha.
A indústria estava em processo de afirmação e não ocorria em todas as regiões da Alemanha.
Para diminuir os impostos alfandegários, é criada a Zollverein, abolição da cobrança de impostos em transações de estados alemães com exceção da Áustria.
Essa medida impulsionou a circulação de mercadorias e também o desenvolvimento industrial na região.
Surgem diversas e antagônicas manifestações de interesses na Alemanha:

  • Os grandes industriários desejavam reformas garantidas por uma constituição.
  • A pequena burguesia pretendia a democratização dos estados alemães.
  • As lideranças urbanas e os operários partilhavam de idéias socialistas.
Guilherme I, rei da Prússia, concede à Otto von Bismarck a presidência do parlamento.
O aristocrata Bismarck, aproxima-se das camadas populares, ganhando apoio destes.
Bismarck passa a defender a hegemonia prussiana em detrimento da Áustria.
Em 1866, a Prússia vence os austríacos na Batalha de Sandowa. Após este confronto a Áustria desliga-se dos Estados germânicos e juntamente com a Hungria forma o Império Áustro-Húngaro.
Mesmo com a saída da Áustria a Alemanha continua dividida.
A Prússia lidera a Confederação Germânica do Norte.
Os Estados do Sul foram impedidos de participar da confederação devido as ameaças de invasão da França.
A França declara guerra à Prússia e é derrotada em 18/01/1871.
Devido a vitória germânica é criado o Império Alemão, sob o comando de Guilherme I, que recebe o título de Kaiser (imperador).
Com a criação do Império Alemão, a Alemanha surge como uma grande potência européia:

  • Poderoso exército - venceu a Áustria e a França.
  • População numerosa e urbana.
  • Crescimento industrial invejável.
Bismarck cria uma legislação trabalhista e programas de assistência social.
Porém devido a divergências com o Kaiser  Guilherme I, Bismarck, o “Chanceler de Ferro”, é deposto.
No início do século XX a Alemanha já é uma das maiores potências mundiais.